"QUEM TEM MEDO DA CULTURA?", de EDSON BUSCH MACHADO, com comentários de Francisco Souto Neto.
LIVROS COM HISTÓRIAS QUE NÃO ESTÃO NOS LIVROS – Um livro pode conter muito mais do que aquilo que vem escrito no seu conteúdo. O exemplar pode ter histórias pessoais do seu dono, ou conter dedicatórias raras, ou ter sido emprestado e ter ali registradas impressões manuscritas dos leitores, por ter sido impresso há cem ou duzentos anos... e assim por diante. Este blog pretende, pois, contar algumas dessas histórias paralelas a determinados exemplares da minha biblioteca.
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QUEM TEM MEDO DA CULTURA?
Livro de EDSON BUSCH MACHADO
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Livro: QUEM TEM MEDO DA CULTURA?
Editora: Manuscritos Editora
Direção editorial: Bernadéte Costa
Pesquisa e Curadoria: Edson Busch Machado
Coordenação organizacional: Eula Regina Maciel
Revisão: Rosangela Rodrigues
Fotografia capa: Vanessa Alves
Projeto gráfico: Rafaele Aoto de Ramos
Ano da edição: 2024
O livro QUEM TEM MEDO DA CULTURA?
Como conheci Edson Busch Machado
Foi através de Juarez Machado, no ano de 1978 – portanto há quase meio século – que conheci seu irmão, o jovem artista plástico Edson Busch Machado. Esta história é relatada no artigo de minha autoria, “Um sonho surrealista com Juarez Machado e a mudança do curso da minha vida”, que poderá ser lido no seguinte link:
https://fsoutone.blogspot.com/2016/04/um-sonho-surrealista-com-juarez-machado.html
Edson convidou-me para fazer a apresentação de sua primeira exposição individual realizada em Joinville no ano de 1978.
Wilhelm Busch, o tio-bisavô famoso
Os irmãos Juarez e Edson são sobrinhos-bisnetos do notável Wilhelm Busch (1832-1908) que foi poeta, pintor e caricaturista alemão, famoso pelas suas histórias satíricas ilustradas com textos em verso, autor do livro cuja capa se vê abaixo, em uma edição recente.
O livro que tenho de Wilhelm Busch guardado em minha casa há quase 90 anos, chama-se “O Fantasma Lambão e outras histórias”, livro este que era de meu irmão nove anos mais velho que eu, Olímpio Souto (São Paulo1934 - Nova York 2007), e que na minha infância passou às minhas mãos. Li-o repetidamente durante muitos anos, rindo e assustando-me com suas histórias a um só tempo engraçadas e cruéis. Era um tempo em que as histórias infantis muito divertiam, mas também assustavam.
Tenho também o livro “A Cartola”, do mesmo Busch, edição de 1950.
Além dos dois acima citados, no ano de 1980 encontrei numa livraria oito livros com todas as histórias de Busch que foram as precursoras das histórias em quadrinhos. Comprei-os imediatamente, é claro, para reviver os desenhos que tanto me impressionaram na infância.
Um artigo que escrevi para meu blog no ano de 2020, contendo fotos das páginas com algumas histórias completas desenhadas por Wilhelm Busch, poderá ser visto neste blog:
https://soutoneto.blogspot.com/2020/05/a-cartola-e-muitos-outros-de-wilhelm.html
Edson Busch Machado hoje e o livro "Quem tem Medo da Cultura?"
De uma família de intelectuais e artistas, Edson traz esses pendores inseridos em seu próprio DNA, além de sua tendência natural à cultura. No livro “Quem tem Medo da Cultura?”, lançado em 2024 – ano passado – ele é apresentado como “artista irrequieto, curador independente, gestor e controverso, crítico visceral, articulador, provocador, comunicador, professor aloprado, viajante curioso, operário da cultura” e, como ele mesmo adequadamente se autodenomina: “Colono Social”.
Edson e sua esposa Eula vieram a Curitiba para o lançamento do livro aqui na capital do Paraná. Ele me avisou que eu estava citado na obra. Eu pretendia ir ao lançamento, ocorrido no bairro Batel, mas surgiu-me um enorme imprevisto: dois dias antes eu sofri uma queda dentro de casa que resultou em três fraturas no ombro (no úmero proximal) e ainda uma quarta no hálux esquerdo – esta insignificante em proporção ao “estrago” causado pelas três outras fraturas.
Como não pude ir ao lançamento do livro, Edson e Eula atenciosamente vieram à minha casa, trazendo-me o precioso presente. Foi ótimo poder rever o velho amigo e conhecer pessoalmente a Eula, que já me era familiar através de fotografias na imprensa.
Abaixo, algumas das fotos que tirei das páginas do livro e também das que fizemos naquela tarde memorável da visita de Edson e Eula:
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