sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Livro "SAUDADE" - Antologia de Bolso - Volume 5 - Academia de Letras José de Alencar.

"SAUDADE"

ANTOLOGIA DE BOLSO – Volume 5 – Academia de Letras José de Alencar

Autores:
Membros da Academia de Letras José de Alencar
Edição 2018
Esta coleção, que terá dez pequenos volumes para leitura rápida, organizada por Anita Zippin, Rodrigo Otávio Monteiro e Joatan Marcos de Carvalho, começou com uma sugestão do editor Luiz Fernando de Queiroz, presidente da Editora Bonijuris que, ars gratia artis, fez uma tiragem de 12 mil exemplares do Volume 1 que teve “Inspiração” como tema, desenvolvido em prosa e poesia por dez membros da Academia de Letras José de Alencar, de Curitiba.

Participaram do Volume 5, lançado no mês passado, os seguintes acadêmicos: Anita Zippin, Ariadne Zippin, Arioswaldo Trancoso Cruz, Celso de Macedo Portugal, Dálio Zippin Filho, Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto, Hamilton Bonat, Joatan Marcos de Carvalho, Noilves Araldi, Rosana Andriguetto, Rubens Faria Gonçalves, Vera Lúcia Rauta e Tânia Rosa Ferreira Cascaes.
Essa coleção vem sendo distribuída gratuitamente em lugares públicos como, por exemplo, no interior de ônibus, e nos mais diversos locais. O propósito é o de levar as letras e o estímulo à leitura às várias camadas da população.














OBSERVAÇÃO
do autor Francisco Souto Neto:

Os sonetos são uma estrutura literária quase sempre composta de quatorze versos, dos quais dois são quartetos (um conjunto de quatro versos) e os dois últimos são tercetos (conjunto de três versos). Neste caso, entre os quartetos e tercetos é obrigatório o espaço de uma linha, que é justamente o que dá a forma ao soneto.

Há variados tipos de sonetos, tal como aqueles em redondilha maior – os meus prediletos – compostos de versos com sete sílabas poéticas, em redondilha menor com cinco sílabas poéticas, os eneassílabos com nove sílabas poéticas,  os hendecassílabos com onze sílabas poéticas e os alexandrinos com doze sílabas poéticas. Os sonetos variam também na disposição das rimas dentro de cada quarteto e terceto. Por estranho que pareça, há soneto que apresenta uma única estrofe composta pelos quatorze versos, que é o soneto monostrófico.

Criei o meu soneto acima, “A Velha Amoreira”, com dois quartetos e dois tercetos, todos separados por uma linha em branco. A edição do mesmo na antologia “Saudade”, por um equívoco da editoração, foi publicado na forma de uma estrofe de onze versos, separada da segunda estrofe por uma linha em branco, esta segunda estrofe contendo três linhas (vide página 12). Está incorreto. A forma adequada é aquela que apresentei à editora, tal como se vê abaixo:

          A Velha Amoreira

Quem será o velho me olhando
Do outro lado deste espelho,
Todo roto e definhando,
Se sou ainda um fedelho?

É que a areia da ampulheta
Não para de escorrer, não!
Ontem menino ranheta,
Hoje um sujeito ancião.

Onde está a amoreira
Que eu subia todo ledo
E que era tão altaneira?

Quisera que fosse agora
Que tivesse eu o dedo
E os lábios tintos de amora. 

-o-

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