1928 - 2000
BANESTADO: UMA HISTÓRIA INTERROMPIDA
Coletânea organizada por Durce Figueiredo e Marisa Stedile
--------------------o--------------------
Livro BANESTADO: UMA HISTÓRIA INTERROMPIDA
-o-
Livro: 1928-2000 BANESTADO: UMA HISTÓRIA INTERROMPIDA.
Organizadoras: Durce Figueiredo e Marisa Stedile.
Edição: Cleusa Slaviero.
Revisão: Cibele Lima e Ulysses Rubin.
Projeto gráfico, diagramação e capa: Antonio Dias.
Editora: Editora ComPactos Ltda. - Curitiba
Ano da edição: 2020.
Apresentação: Durce Figueiredo e Marisa Stedile.
Prefácio: Wilson Ramos Filho, Xixo.
Ângelo Vanhoni
Maria de Fátima Costamilan
Cláudio Ribeiro.
Autores: Roberto (Beto) von der Osten.
Sirlei Fernandes.
Francisco Souto Neto.
Sirley Gardini.
Sidney Sato e Admilson Figueiredo.
Zinara Marcet de Andrade.
Antônio Pereira da Silva.
Durce R. Figueiredo.
Eustáquio Moreira dos Santos.
Márcio Kieller.
Ana Smolka.
Armando Duarte Júnior.
Edilson José Gabriel.
Serginho Athayde.
Vandira Martins de Oliveira e Ana Fideli.
Marisa Stedile.
Davi Macedo.
Cid Cordeiro Silva.
Marcel Juviniano Barros.
Maria Rita Serrano.
Pablo Sérgio Mereles Ruiz Diaz.
-o-
O que foi o Programa de Cultura do Banestado
Após o longo período da ditadura,
quando os governadores eram impostos pelo Regime Militar através das “eleições
indiretas”, o primeiro eleito no Paraná em sufrágio universal foi José Richa,
que assumiu em 15 de março de 1986. Na composição da nova diretoria do
Banestado, ele levou Léo de Almeida Neves à presidência da instituição, e
indicou seu amigo Octacílio Ribeiro da Silva para o cargo de diretor de Crédito
Rural e Agroindustrial. Eu, que já era assessor daquela diretoria desde os
tempos do Governo Jayme Canet Júnior, fui mantido no cargo.
Afortunadamente a Carteira Rural,
criada por Paulo Schultz Filho, tornara-se um exemplo de trabalho sério e
disciplinado, que servia de modelo para inúmeros outros bancos e era respeitada
e enaltecida pelo Banco Central do Brasil. Os antecessores de Octacílio Ribeiro
naquela diretoria, desde Mário Saporiti e Ivo Meirelles de Almeida (governo
Jayme Canet Júnior) a Lourival Guebert (governos Nei Braga e José Hosken de
Novais), tinham sido muito sérios e capazes, e deixaram a diretoria
perfeitamente organizada, sem ingerências de políticos, num patamar altamente
elogioso.
Era natural que os diretores do
primeiro governo eleito pelo povo chegassem desconfiados, imaginando que o Banestado
poderia ser um ninho de víboras. No primeiro encontro que tivemos, Octacílio
Ribeiro disse-me: “o senhor fica até que a poeira assente”. Mandou convocar os
chefes da Divisão e dos Departamentos para uma reunião “em quinze minutos, sem
atrasos”. Nessa reunião o novo diretor esmurrava a mesa com tanta força, que
cinzeiros e copos trepidavam. Ele tinha certeza do seu poder e intimidava a
todos. A mim, ele falou: “eu sou muito exigente com a Língua Portuguesa”, ao
que lhe respondi: “Então nós nos daremos bem, pois eu também sou muito exigente
com o idioma pátrio”. E foi o que de fato aconteceu.
Com a passagem do tempo,
Octacílio Ribeiro percebeu que a Carteira Rural, como era chamada a sua
diretoria, funcionava com a precisão de um relógio suíço, e que todos ali
trabalhavam com responsabilidade e presteza. Anos depois eu comentei, e isto
ficou registrado na imprensa, que aos poucos fui descobrindo que por trás
daquele homem carrancudo e furioso existia outro ainda mais forte, dotado de
grande cultura e sensibilidade, e pressenti que aquele diretor combativo
poderia apoiar a ideia de direcionar o banco para as causas da cultura com
argumentos capazes de convencer os seus demais pares de diretoria.
A primeira ideia partiu de Adão
Vilmar de Oliveira, que após a aposentadoria de Paulo Schultz ocupava o cargo
de chefe da Divisão de Crédito Rural, e de Elzi Zanotto Hohmann, secretária da
diretoria, sugerindo a Octacílio Ribeiro que realizasse uma exposição revelando
os artistas plásticos existentes entre os funcionários da empresa. Ampliei a
ideia, propondo a criação de um salão de arte que se repetisse anualmente, que
seria realizado sem despesas para o banco, porque era possível obter recursos
oriundos não apenas da Lei de Incentivo à Cultura, mas também do patrocínio de
empresas que seriam beneficiadas com a simples divulgação do evento através da
imprensa. Sugeri ainda que o salão de artes plásticas aceitasse inscrições não
apenas de funcionários, mas também de correntistas do Banestado, que fossem
artistas em fase de desenvolvimento e que ainda não tivessem recebido prêmios
em salões oficiais ou de reconhecido nível, caracterizando-se como “artistas
inéditos”.
Pedi ao diretor Octacílio Ribeiro
que obtivesse permissão da diretoria para que Tadeu Petrin fosse autorizado a
ajudar-me na criação do regulamento do certame, que teria o nome de “Exposição
de artistas amadores funcionários e clientes do Banestado”. Com a anuência dos
demais diretores, o presidente Léo de Almeida Neves autorizou a realização do
certame. Posteriormente, na distribuição dos certificados de participação, o
nome do evento foi alterado retroativamente para “1º Salão Banestado de
Artistas Inéditos”, o SBAI.
O Banestado não tinha um espaço adequado para
realizar o evento, por isso a mostra, em novembro e dezembro de 1983,
realizou-se no Senac, que cedeu ao Banestado a sala de exposições da sua sede
da Rua André de Barros, 750. A inauguração foi feita por José Brandt Silva, que ocupava o cargo de
presidente deixado por Léo de Almeida Neves. O sucesso foi retumbante e todos
os jornais de Curitiba, e alguns de Ponta Grossa, Londrina e Maringá,
noticiaram o acontecimento, que também repercutiu intensamente nas colunas
sociais. Depois disso, na reunião de diretoria com o presidente, todos
mostraram-se surpresos com o elogioso marketing realizado ao redor do nome do
Banestado. E assim o SBAI continuou se repetindo todos os anos, até 1999, às
vésperas da privatização do Banestado, tendo descoberto e projetado miríades de
artistas plásticos, muitos dos quais depois tiveram projeção nacional. Em
dezesseis anos de retumbante sucesso, a imprensa fez, literalmente, milhares de
elogios ao Banestado, que se encontram hoje na internet, digitalizados, uma
fonte quase inesgotável de informações.
No ano seguinte, 1985, o II SBAI
ocorreu na Galeria de Arte Banestado, criada por Christóvam Soares Cavalcante,
presidente da Banestado Crédito Imobiliário, no andar térreo do prédio que
pertencia àquela empresa conglomerada, sito à Rua Marechal Deodoro, 333, mesmo
edifício onde funcionava a presidência da BCI. Cavalcanti convidou Vera Munhoz
da Rocha Marques para gerir a nova galeria de arte – no que foi coadjuvada por
Clarissa Lagarrigue – que funcionava orientada por um competente Conselho
Administrativo. Vera Marques era uma respeitada socialite que, a pouco e pouco,
transformou a Galeria Banestado num local de encontro de artistas e
intelectuais. Grandes nomes como Poty e Dalton Trevisan, dentre outros
igualmente importantes, ali se encontravam para ver as obras de quem estivesse
expondo, e ficavam a discutir novidades e tendências culturais. Mais tarde
foram inauguradas duas outras Galerias de Arte Banestado: uma em Londrina, que
era administrada por Sílvia Marconi Pavan, e outra em Ponta Grossa,
administrada por Jurandir Modesto e atendida por Leda Veneri.
A partir de 1985 eu criei a base
para a instalação do Programa de Cultura do Banestado. Uma vez mais a ideia foi
aprovada por todos os diretores, e Octacílio, por força de uma portaria,
recebeu a atribuição de Diretor para Assuntos de Cultura, paralela à de Diretor
de Crédito Rural e Agroindustrial, e eu tornei-me, além de Assessor de Diretor,
também Assessor para Assuntos de Cultura.
O Programa de Cultura incorporou
o Coral Banestado, que já existia numa das empresas conglomeradas, regido por
Amoz Camilo dos Santos, a quem dei condições de se expandir e aperfeiçoar, e
liberdade para apresentar-se em eventos públicos e cívicos.
Constantino Viaro, diretor do
Teatro Guaíra, tivera a ideia de dotar cidades do interior do Paraná com
teatros, através do seu ambicioso Projeto Barracão. Dei meu parecer favorável e
o Banestado apoiou o projeto. Entretanto, sugeri que no contrato constasse a
condição de que aqueles espaços fossem registrados com o nome de “Teatro
Banestado”. Viaro era o idealizador, mas o Banestado o realizador. Em 1986
propus a meu diretor a criação do Museu Banestado. A ideia não era nova, pois
outros colegas tinham tentado sem sucesso criar um museu, e até colecionavam
peças da história da instituição, tais como móveis que foram usados na primeira
agência do Banestado, livros das primeiras atas das assembleias, e muitos
objetos, documentos e fotografias. Foram eles Emerson Casseb, Sérgio
Figueiredo, José Carlos Carreira Pequeno, Wilson Ganem e José Maria Antônio, dentre
outros. O apoio de Aroldo dos Santos Carneiro, diretor de Serviços
Administrativos, foi também fundamental para o coroamento do projeto. A
Comissão de Implantação do Museu Banestado, por mim presidida, completou-se com
Paulo Schultz Filho, Rosane Fontoura, Rodrigo Otávio Collere de Oliveira e
Silmara Krainer Vitta.
Eu tinha localizado oito telas de
Theodoro de Bona retratando os primeiros presidentes do Banestado, que estavam
perdidas e danificadas, que mandei restaurar. Em seguida, com o apoio do diretor
Octacilio Ribeiro da Silva, mandei completar os retratos em óleo sobre tela de
todos os presidentes que se seguiram, pinturas essas que foram feitas por
Antonio Macedo e Vilmar Lopes. Abaixo, as telas em minha casa, antes de receberem as molduras,
observadas por mim, por minha mãe Edith Barbosa Souto e por minha sobrinha
Dione Mara Souto da Rosa, que segura o chihuahua Quincas Little Poncho. Dei o
nome a esta foto de “Reunião com presidentes”.
Segundo o jornal Todos Nós nº
114, de maio de 1987, o Museu Banestado foi inaugurado no dia 13 de fevereiro
daquele ano, e Rosane Fontoura tornou-se a primeira administradora. Estiveram
na inauguração o governador João Elízio Ferraz de Campos, David Carneiro, Celso
da Costa Sabóia, Léo de Almeida Neves, José Brandt Silva e muitas outras
personalidades.
Como Assessor para Assuntos de
Cultura do Banestado, sugeri que editássemos um livro por mês, de autor
paranaense, com apoio na Lei Rouanet – portanto sem despesas para o Banco – que
seria lançado na Galeria de Arte Banestado, assim mesclando a literatura com as
artes plásticas. Tudo ocorria sem ônus para o Banestado, que teve a sua imagem
pública enaltecida pelos mais importantes jornais, revistas e jornalistas da
época. Autores como Sílvio Back, Anita Zippin, Poty Lazzarotto, Alice Ruiz e
Helena Kolody ali lançaram livros, mas o Programa de Cultura apoiou
principalmente literatos ainda desconhecidos, sem livros editados até então,
porém dotados de grande talento e verve literária.
O Programa de Cultura do
Banestado prestigiava todas as formas da arte: artes plásticas, música,
literatura, cinema, teatro. Ao final do governo Richa, Álvaro Dias foi eleito
governador. Octacílio Ribeiro, o único diretor do governo anterior mantido no
governo eleito, foi convidado para assumir a presidência da Banestado
Reflorestadora. Ele convidou-me para continuar a assessorá-lo naquela empresa
conglomerada. A competente secretária da diretoria, Marlene Jakubiu,
acompanhou-nos.
Para ocupar a Secretaria de
Estado da Cultura, foi convidado René Ariel Dotti. O Paraná iria entrar numa
verdadeira “era de ouro” com Dotti capitaneando a cultura do Estado. O Programa
de Cultura do Banestado, por mim gerido, continuou não apenas sem interrupção,
mas ampliou-se. Realizou-se o IV SBAI com sucesso crescente, porém em março de
1988, ao completar um ano do Governo Álvaro Dias, houve uma grande reformulação política em vários
níveis. Octacílio Ribeiro “caiu” do Banestado e foi para uma diretoria regional
do Banco do Brasil em Curitiba. Terminava assim a parceria de cinco anos entre
mim e aquele diretor idealista e entusiasmado pelo apoio à Cultura.
Após três dias em meio à
“tempestade”, fui chamado pelo vice-presidente do Banestado, Edisson Eleri
Faust, que era também presidente da Banestado Crédito Imobiliário, que me
convidou a participar da sua assessoria, não mais como assessor pessoal, nem
técnico, mas exclusivamente como “Assessor para Assuntos de Cultura”.
Faust resolvera não ocupar o seu
gabinete de presidente da BCI no 7º andar do prédio sito à Av. Marechal
Deodoro, 333 (em cujo andar térreo funcionava a Galeria de Arte Banestado), mas
apenas o gabinete de vice-presidente do Banestado no Conglomerado Financeiro à
Rua Máximo João Kopp, no bairro de Santa Cândida. Assim, ofereceu-me o seu
gabinete no prédio da BCI, onde estavam locadas a secretária Flávia Moreira
Salles e a auxiliar Cecília Maria Palhares.
Faust conhecia o Programa de
Cultura, pois costumava comparecer a exposições e lançamentos de livros, e
deu-me “carta branca” para ampliar as minhas próprias atribuições. A minha
primeira proposição foi uniformizar os regimentos internos das Galerias de Arte
Banestado de Curitiba, Ponta Grossa e Londrina, todas orientadas por
conselheiros compostos de personalidades ligadas à vida cultural de cada uma
das cidades. Paralelamente, pedi permissão para estudar as possibilidades de
inaugurar novas galerias de arte em Maringá e Cascavel.
Alguns meses depois, naquele
mesmo ano, em meio a uma nova tempestade política, “caiu” Edisson Faust da
vice-presidência do Banestado. No dia seguinte fui chamado pelo presidente do
Banestado, Carlos Antônio de Almeida Ferreira, para integrar a sua assessoria.
“Dr. Almeida”, como passou a ser conhecido, formou uma “dobradinha cultural”
com o Secretário de Estado René Ariel Dotti e, nos três anos que se seguiram do
Governo Álvaro Dias, o Paraná conheceu um ímpeto cultural jamais antes visto e
que nunca mais se repetiria em tal intensidade.
Eu prossegui desenvolvendo o
Programa de Cultura do Banestado e instituí um colegiado de experts como
componentes de uma “comissão para aquisição de obras de arte”, com o propósito
de depurar a compra de telas para as paredes de novas agências. A secretária da
presidência da BCI – Banestado Crédito Imobiliário, Flávia Maria Moreira
Salles, com sua impecável datilografia, foi um apoio de fundamental importância
para que eu pudesse realizar o meu trabalho. O SBAI – Salão Banestado de
Artistas Inéditos chegou a ocupar o lugar do oficial Salão dos Novos (da
Secretaria de Estado da Cultura) nos anos em que este entrou em recesso, e pelo
seu alto padrão de excelência foi várias vezes comparado ao Salão Paranaense,
segundo registros da imprensa da época, agora digitalizados e na internet.
Ao terminar o Governo Álvaro
Dias, Heitor Wallace de Mello e Silva foi indicado pelo novo governador,
Roberto Requião, para assumir a presidência do Banestado. Numa cerimônia
realizada no Museu Banestado no princípio de 1991, o novo presidente inaugurou
o retrato do seu antecessor Dr. Almeida. Em meu discurso, eu informei que me
aposentaria dentro de três meses e pedi ao novo presidente Dr. Heitor que
mantivesse o Programa de Cultura do Banestado, pela importância que tinha o
mesmo no cenário paranaense.
Ao aposentar-me em junho de 1991,
fui sucedido por Tina Camargo, que ficou somente alguns meses no cargo, tendo
sido substituída por Maria Amélia Junginger como Assessora para Assuntos de
Cultura. Esta realizou um SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos e em 1992
aceitou o convite do governador para dirigir o Museu de Arte Contemporânea,
tendo sido substituída como assessora por Vera Munhoz da Rocha Marques, que
também realizou um Salão Banestado. Contudo, o Programa de Cultura começava a
desabar, principalmente porque no ano seguinte o novo presidente do Banestado, Luiz
Antônio Fayet, suspendeu os Salões Banestado e pretendeu transformar a Galeria
de Arte num espaço para exposições apenas étnicas. Felizmente a imprensa
interveio, assim como alguns políticos, explicando a Fayet a importância
daquele espaço destinado às artes plásticas. Desgostosa com os retrocessos,
Vera Marques aposentou-se e Domício Pedroso ocupou seu lugar, permanecendo no
cargo também por pouco tempo. Mais uma mudança durante o Governo Requião
afastou Fayet da presidência do Banestado e colocou Domingos T. Murta Ramalho
em seu lugar. A esse tempo, a Galeria Banestado transformou-se em Espaço
Cultural Banestado, atendido por Clarissa Lagarrigue.
No Governo Jaime Lerner assumiu o
posto de responsável pelo novo Espaço Cultural Taís Horbatiuk, que conseguiu
realizar o XII e
XIII Salões Banestado de Artistas Inéditos e depois foi sucedida por Tânia
Dallegrave Góes e Ana Cristina Rank, que inauguraram com sucesso o XIV SBAI em
dezembro de 1998. Nesta derradeira edição, fui convidado para atuar como
componentes da comissão julgadora ao lado de Dulce Osinski, João Henrique do
Amaral, Lirdi Jorge e Nilza Procopiak.
Em 2000, envolto em terrível
escândalo de corrupção, o Banestado foi dolorosamente privatizado por Jaime
Lerner, na equivocada campanha de privatizações do presidente Fernando Henrique
Cardoso. Lerner, que aspirava candidatar-se à presidência da República, ao
concordar com o leilão do Banco oficial do Paraná a preço de banana, viu
encerrarem-se as suas pretensões políticas. Terminava a gloriosa caminhada do
Banco do Estado do Paraná, que desde 1928 vinha ajudando a desenvolver e
construir o “Estado dos pinheirais”, e que nas décadas de 80 e 90 também
impulsionou admiravelmente a cultura do Paraná no seu sentido mais amplo. As
novas gerações já não sabem o que foi e o que significou o Banestado. Mas a
grandeza e a dedicação dos que trabalharam na empresa com amor e respeito
ficarão perpetuadas nos registros jornalísticos e na internet para as gerações
futuras. Todos, dos diretores aos contínuos, são legítimos representantes da
instituição que impulsionou o panorama industrial, agrícola e cultural do
Paraná, ajudando a prover o nosso Estado dos alicerces que possibilitaram
elevá-lo ao estágio em que ora se encontra, motivo de orgulho dos paranaenses e
de admiração e respeito de todos os brasileiros.
Francisco Souto Neto
Foi funcionário do BANESTADO,
ocupou diversas funções e cargos de assessoria na área de cultura. Escritor e
jornalista ocupa a 26ª cadeira na Academia de Letras José de Alencar
O conteúdo completo com
imagens encontra-se no site
www.academiadeletrasjosedealencar.blogspot.com
Parece que tudo o que lamentavelmente ocorreu com o Banestado, desde as consequências nefastas e de tudo o que foi dito, se deve, em boa parte, ao escandaloso esquema fraudulento de desvio bilionário de recursos pelo esquema infiltrado no Banestado por uma quadrilha de corruptos, autores das remessas fraudulentas de divisas para o exterior, via sistema financeiro público brasileiro, muito vulnerável a esse tipo de golpe.
ResponderExcluirCorreção quando a Thais saiu implantamos um banco de projetos e banco de recursos criamos a Associação Cultural Banestado aumentando a participacao Cultural do Parana com recursos das Leis de Incentivo a Cultura a nível municipal estadual e federal.
ResponderExcluir