terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Livro O SEGREDO DA ROSA de Dione Mara Souto da Rosa.

Livro O SEGREDO DA ROSA
Dione Mara Souto da Rosa
Prefácio de Francisco Souto Neto
Edição 2009(Curitiba, PR)


Capa

Capa

Abertura

Abertura


Detalhes técnicos

Ficha técnica.

Dedicatória

Dedicatória


Dedico esta obra in memoriam de minha querida avó Edith Barbosa Souto e do meu amado pai Dulci Col da Rosa.
Dedico-a também à minha querida filha Isabelle Edith Aguilar da Rosa. Ela é um grande presente na minha vida.
E, indubitavelmente, não posso esquecer minha mãe, Ivone Souto da Rosa, a mais especial de todas as mulheres.

Agradecimento Especial

Agradecimento Especial


A FRANCISCO SOUTO NETO, meu tio e padrinho – sendo ele meu professor em sonetos – o meu muito obrigada, não só pelos ensinamentos, mas por acreditar na possibilidade deste livro. Acreditar na ideia é, muitas vezes, muito mais do que a concretização de uma obra.

Agradecimento

Agradecimento

Minha gratidão a Lia Helena Schaeffer Salvador, pelo Curso de Aperfeiçoamento em Língua Portuguesa e os ensinamentos de mestre e amiga.


Prefácio

Francisco Souto Neto, o prefaciador
de O Segredo da Rosa.

Página 11: Prefácio.


Página 12: Prefácio.


Página 13: Prefácio.


PREFÁCIO

Dione Mara Souto da Rosa está lançando novo livro de poesias. Desta vez, ao contrário dos versos livres que imperavam na sua obra, procurou pelo caminho formal e muito mais elaborado da composição poética que é o soneto, mais precisamente o soneto italiano, composto de quatorze versos dispostos em dois quartetos e dois tercetos.
Das noventa e quatro peça selecionadas, setenta e quatro apresentam-se em versos de sete e de dez sílabas poéticas, e as vinte restantes são em doze, isto é, em versos alexandrinos. Os alexandrinos são mais difíceis de compor, devido às severas regras que regem a sexta sílaba poética de cada verso. Mesmo assim, Dione Mara encarou o desafio do perfeccionismo e penso que tenha alcançado um ponto de equilíbrio.
O livro chama-se O Segredo da Rosa, com o subtítulo Sonetos sobre as Quatro Estações e os Quatro Elementos. Trata-se, portanto, de uma obra temática, com o índice que se divide nos quatro elementos anunciados: O Outono e o Ar, O Inverno e a Água, A Primavera e a Terra e O Verão e o Fogo.
Uma vez mais, a poetisa (tanto eu quanto ela preferimos a forma mais em desuso do feminino de poeta) vale-se de u’a metáfora no título do livro, O Segredo da Rosa, porque ela mesma, pelo nome Dione Mara Souto da Rosa, está associada à figura da flor. Talvez seja esta a chave para que se comece a compreender o conteúdo da obra e o universo soutorroseano da autora.
Filosofia Chinesa e Mitologia Grega fazem-se sentir no conteúdo de muitos dos sonetos, assim como referências à Música – pois Dione Mara é pianista – e a várias facetas da Literatura. Efetivamente, parece ter sido a partir dos diversos aspectos da cultura associada à alma poética da autora que brotaram os atuais versos centrados na figura da flor das rosáceas.
No exercício da trova, eu assim resumiria, em heptassílabos, o novo livro da minha sobrinha e afilhada Dione Mara:

É na poética da Mara
Que belo tesouro aflora
E de forma até bem rara
Para dizer muito da flora.

Devo ainda observar que a poesia que se impõe a regras, tal o caso dos sonetos, quando composta com criatividade e talento não se torna rígida, nem sugere aquela desagradável sensação de estar limitada por uma espécie de blindagem metálica. É bem verdade que as novas linguagens poéticas preferem a liberdade na composição dos versos, e isso é mesmo maravilhoso, pelo que vimos notando desde a Semana de Arte Moderna de 1922. Contudo, é também muito bom que neste início do século XXI alguns ainda se preocupem em preservar as fórmulas e as formas literárias tradicionais – para não dizer conservadoras – da Poesia e da Literatura como um todo. Por outro lado, esse referido aspecto tradicional poderá ser – quem sabe? – altamente prazeroso até mesmo para essas novas gerações que andam criando bizarras formas de comunicação na internet e que adotaram uma grafia que não passa de um ofensivo arremedo à Língua Portuguesa. Quiçá um livro de sonetos possa despontar para esses jovens como uma novidade em termos de equilíbrio linguístico proporcionado pela versificação, rima e métrica, desenvolvendo-lhes assim um Universo para muitos deles ainda desconhecido.
Em suma, Dione Mara elaborou uma obra original, erudita, criativa, que numa biblioteca poderá figurar com mérito ao lado de outros bons autores do gênero.
Francisco Souto Neto *


*Francisco Souto Neto, advogado e jornalista, em Ponta Grossa foi diretor da União dos Trovadores do Brasil e diretor do Centro Cultural Euclides da Cunha. Em Curitiba, nas décadas de 1980 e 1990, foi diretor do Instituto Saint’Hilaire da Defesa dos Sítios Históricos, conselheiro do Museu de Arte do Paraná, conselheiro do Sistema Paranaense de Museus (gestões René Dotti e Gilda Poli), conselheiro do Programa de Cultura da Telepar, diretor da Associação de Amigos dos Museus de Curitiba: Museu de Arte Contemporânea, Museu Paranaense e Museu da Imagem e do Som, Assessor da Diretoria, da Presidência e para Assuntos de Cultura do Banestado, idealizador e presidente da Comissão de Implantação do Museu Banestado e criador do Salão Banestado de Artistas Inéditos, dentre outros.

SOBRE A AUTORA:

Sobre a autora.


Dione Mara Souto da Rosa,
autora de O Segredo da Rosa.

DIONE MARA SOUTO DA ROSA é formada em Direito e pós-graduada Direito Processual Civil com monografia publicada na revista jurídica Gênesis.
Formada em Piano Clássico, Teoria e História da Música.
Cursa Letras Português-Inglês pela Faculdade Interativa COC.
Livro publicado: O Sétimo Portal.
Premiada em concurso da Litteris Editora, obtendo o segundo lugar com o soneto “Jardim de Rosas”, o qual integra o livro “Sonetos de Amor e de Oração”.
Premiação em concurso de contos do linguista Ademir Pascale: “Sabor de absinto”, inserido no livro Draculea – o Livro Secreto dos Vampiros e “O Pacto de Carcassone” inserido no livro Metamorfose – A fúria dos lobisomens.
Contos publicados em revistas eletrônicas de literatura fantástica de Ademir Pascale: Terrorzine – cranik@cranik.com e Literatura Fantástica http://www.literaturafantastica.com.br/
Estudos de Língua Francesa pela Aliança Francesa de Curitiba.

CONTRACAPA:

Contracapa

-o-

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Livro VIVÊNCIA DE FATOS HISTÓRICOS, de Léo de Almeida Neves.

Livro VIVÊNCIA DE FATOS HISTÓRICOS

Prefácio: René Ariel Dotti
Edição 2002 (Editora Paz e Terra)


Capa

Capa de "VIVÊNCIA DE FATOS HISTÓRICOS",
de Léo de Almeida Neves. 


Lombada

Lombada.


Ficha técnica

Ficha técnica.


Página 434

Página 434.


INCENTIVO À ÁREA CULTURAL

            Acolhendo proposta do diretor Octacílio Ribeiro da Silva, autorizei a realização da primeira Exposição de Artistas Amadores e Clientes do Banestado (depois tornou-se rotina [com o nome alterado para Salão Banestado de Artistas Inéditos] ), com o copatrocínio da Associação dos Funcionários.
            A mostra aconteceu após eu ter deixado a presidência, mas o responsável pela área, Francisco Souto Neto, me mandou convite impresso, acrescido deste significativo texto de próprio punho: “Caríssimo Dr. Léo. Devemos ao senhor a realidade deste evento. Ficaremos, portanto, muito orgulhosos se pudermos contar com o prestígio de sua presença”.

     
Contracapa    



OBSERVAÇÃO ACRESCENTADA EM 15.12.2011:

Embora este blog se destine parcialmente às minhas participações em livros, em “Vivência de fatos históricos” sou apenas citado pelo autor. Portanto, trata-se de uma “figuração”, e não exatamente de “participação”. Entretanto, foi tão gentil o Dr. Léo de Almeida Neves ao se referir a mim, que resolvi inclui-lo nestas lembranças. Vale acrescentar que quando ocorreu o fato relatado no livro, eu era Assessor de Diretor do Banestado, e não da Presidência. Eu estava ligado à Diretoria de Crédito Rural e Agroindustrial (cujo titular, naquele começo do governo José Richa, era Octacílio Ribeiro da Silva), justamente na época em que cumulei o meu cargo, essencialmente técnico, com um novo (posteriormente consolidado) cargo chamado de “Assessor para Assuntos de Cultura do Banestado” e, alguns anos depois, “Assessor para Assuntos de Cultura da Presidência”.
Quando um presidente do Banestado era substituído por outro, geralmente fazia-se um clima de desconforto, às vezes de hostilidade, entre aquele que “caía” e o seu sucessor. De vez em quando as substituições aconteciam num mesmo governo, mas também entre governos antagônicos. Mesmo correndo o risco de desagradar ao sucessor do Dr. Léo, fiz questão de convidá-lo, como uma forma de manifestar um agradecimento público pelo seu mérito naquele evento. Alguns anos depois, ao criar o Museu Banestado, iniciei aquilo que se tornou tradição (interrompida, obviamente, pela venda da instituição), que era a de um novo presidente inaugurar, no Museu Banestado, o retrato a óleo do seu antecessor. Criava-se uma confraternização, onde se viam homens de diferentes partidos cumprimentando-se amistosamente. Desde então eu já me orgulhava de ser apolítico e indiferente aos partidos. Esse meu desprendimento e desinteresse político talvez tenha sido um dos motivos (associado, sem modéstia, à minha extrema honestidade e, talvez, a algum pendor para a função técnica que desempenhava) para, ao me aposentar, ser informado pelos colegas da Diretoria de Recursos Humanos, que na história do Banco do Estado do Paraná S.A., eu fui o funcionário que mais tempo permanecera num mesmo cargo de confiança, atuando ininterruptamente, ao longo de vários governos.
Francisco Souto Neto
Curitiba, 15.12.2011.

-o-

sábado, 10 de dezembro de 2011

ARTES PLÁSTICAS BRASIL 94, de Maria Alice Louzada e Júlio Louzada

Catálogo ARTES PLÁSTICAS BRASIL 94
Seu mercado. Seus leilões.

Autores: Maria Alice & Júlio Louzada
Edição 1994 (São Paulo, SP)


Capa

Capa de ARTES PLÁSTICAS BRASIL 1994,
da autoria de Gustavo Rosa: "O Carnaval de Itamar".

Lombada

Lombada muito grossa, pois
o volume tem 1216 páginas.

Abertura
Página 1

Ficha técnica

Página 2

Nota do autor

Página 5


OBSERVAÇÃO DE FRANCISCO SOUTO NETO EM 10.12.2011:

Este catálogo (na verdade um volumoso livro, com 1216 páginas em papel couché) consta deste blog por dois motivos bem específicos:

1º - Pela curiosidade que representa. Ocorre que nele sou citado por duas vezes, com transcrição de matérias que publiquei na imprensa de Curitiba, quando me referi em diferentes ocasiões a dois artistas plásticos: na página 252 está meu texto sobre a arte de Osmar Chromiec, e na 410 minhas palavras a respeito do trabalho de Maria de Francisco. Por incrível que pareça, por uma coincidência rara, na página 186 da mesma obra, é citado o Visconde de Souto, meu trisavô, sobre um leilão realizado na BOLSARTE/RJ em 30.6.1992, em que foi leiloado um retrato seu em óleo sobre tela, da autoria de Benedicto Calixto (Benedicto Calixto de Jesus), pintado em 1891. Na época, eu não soube desse leilão. Ao tomarmos conhecimento de que fora leiloado tal retrato, eu e minha prima Lúcia Helena Souto Martini tentamos descobrir quem o levou a leilão, e quem arrematou a obra. Como eu e minha prima conhecemos apenas dois retratos do Visconde de Souto (António José Alves Souto) em óleo sobre tela, pertencentes, respectivamente, ao acervo da Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro, e do Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro, desejávamos apenas pedir à pessoa física ou à instituição que fez a aquisição, que nos permitisse conhecer a pintura e, talvez, fotografá-la. Porém a Bolsa de Arte mantém esses nomes em sigilo.

2º - Como a internet possibilita as pesquisas de forma espetacular, resta-me a esperança de que os proprietários desse retrato do Visconde de Souto, feito por Benedicto Calixto, possam buscar na internet informações sobre o retratado, e encontrando esta página de blog, tenham a bondade de entrar em contato comigo.
Francisco Souto Neto.
Curitiba, 10 de dezembro de 2011.

Página 186: Leilão do retrato do Visconde de Souto.

Página 186


CALIXTO, B.
(Benedicto Calixto de Jesus)

Itanhaém/SP, 14.10.1853
São Paulo, SP, 31/05/1927

Pintor, desenhista, decorador, professor e
historiador. Assinava B. CALIXTO. O artista
também está nos volumes 1B/172, 2B/196,
3/196, 4B/199 e 5B/181.

ÓLEOS

VISCONDE DE SOUTO – 1891
OST – 64 x 50 – Id
BOLSARTE/RJ – 30.6.92
Cr$ 4.500.000,00 – US$ 1,305,59.


Página 252: Crítica de Francisco Souto Neto à pintura de Osmar Chromiec:


Página 252


CHROMIEC, OSMAR D.
(Osmar Dirceu Cromiec)

Curitiba/PR, 18/07/1948

Desenhista e pintor, assina OSMAR D. CHROMIEC.
Estudou desenho e pintura no Museu Alfredo Andersen, em Curitiba/PR, em 1971 e, em 1972, prosseguiu suas pesquisas sob orientação da artista Janete Fernandes. O crítico de arte F. Souto Neto escreveu a seu respeito em 1990, a propósito de uma exposição na Casabrannka Galeria em Curitiba: “Osmar Chromiec tem estado presente no cenário artístico paranaense desde o final dos anos 60. (...) No início de sua carreira (...) caminhou através da optical art e, durante muitos anos, o geometrismo imperou na sua obra. Na metade da década de 60, o artista abrandou o geometrismo, dedicando-se aos movimetnos sinuosos e suaves de detalhes de grades. A cor, antes chapada, passou a receber um tratamento mais fluídico e etéreo, tornando-se mais leve. Mais recentemente (...) derivou para as marinhas, contudo, sem jamais abandonar a característica das cores, as mesmas que se fazem presentes no seu trabalho há vinte anos. E agora, uma vez mais, o artista surpreende-nos, exibindo-nos paisagens. Não são paisagens comuns (...) nem se desassociam do passado do artista. As cores e as características permanecem, e a composição das telas é mais importante do que o tema em si. Inovou também na técnica, que é fruto de pesquisas e experiências. A nova textura advém de camadas sucessivas de cores e tons, e o resultado é de beleza e quietude. As paisagens expostas na Casabrannka muito bem refletem o espírito sereno, contemplativo e observador de Osmar Chromiec, um artista em brilhante processo de constante inovação”.


Página 410: Crítica de Francisco Souto Neto à pintura de Maria de Francisco:

Página 410


FRANCISCO, M. DE
(Maria Aparecida Ribeiro Francisco)

Jaguapitã, PR.
13/07/1955


Pintora, assina M. DE FRANCISCO
Estudou Aquarela no ateliê de Lina Iara Otto e Desenho e Pintura no ateliê do Museu Alfredo Andersen. No jornal curitibano Indústria & Comércio de 09/09/1992, Souto Neto escreveu: “(...) Ela utiliza cores intensas e vale-se de fortes contrastes para liberar o grafismo e a gestualidade que vão das memórias de viagens (veleiros do Nilo, as pirâmides de Quéops e de Sakkara, pombais egípcios e minaretes de Istanbul), à subjetividade dos estados da alma (Explosões internas e Sonhos). Nas obras subjetivas, ela exercita o abstracionismo trabalhando com cores em movimentos espirais ou retilíneo-grométricos. Mas mesmo quando o tema é figurativo, este tende ao abstrato”.

Contracapa



-o-


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Livro PIASSON


Livro PIASSON

Prefácio: Francisco Souto Neto
Edição 2008 (Curitiba, PR)


Capa

Capa. 

Valdeci Piasson, o artista plástico

O artista plástico Valdeci Piasson

Prefácio

Página 4: Prefácio em Português.

Página 5: Prefácio em Português.

     Transcorria o ano de 1992 quando recebi um telefonema da jornalista Mary Schaffer, sugerindo-me que procurasse conhecer um novo artista plástico que começava a expor, chamado Piasson, que ela acreditava ser interessante e talentoso. Foi assim, estimulado pela sugestão da minha amiga e colega de jornalismo, que pela primeira vez tomei contato com a obra de Valdeci Piasson, naquele ano em que o jovem concluía seus estudos na EMBAP – Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Visitei a exposição, analisei detidamente os trabalhos expostos e publiquei as minhas impressões na coluna Expressão & Arte, que mantive durante mais de dez anos no Jornal Indústria & Comércio, e também nas revistas Charme e Success.

     Piasson desenvolvia nas telas o mais puro abstracionismo. No entanto, pareceu-me claro que as idéias das composições advinham de referências figurativas, somando-se à sensação de que as pinceladas sugeriam intenso movimento, uma espécie de inquietude que levava o espectador a interessante experiência visual. Era como se a obra quisesse alçar vôo para sair do plano meramente material, e a inquietação desse plano físico da pintura fosse um contraponto às sutilezas do mundo pessoal e espiritual do artista. Estava aí a chave para o início do entendimento do magnetismo que a arte de Piasson parecia exercer sobre as pessoas.

     Essas pinturas passaram a ser mais significativas para mim quando tomei conhecimento de que Piasson criava – e continua criando – a sua própria tinta, tal qual faziam os grandes mestres dos séculos passados. Ele se valia de materiais orgânicos, como carvão, minério, areia, fragmentos de rocha, diferentes tons de terra e pigmentos retirados da própria pedra.

     Além disso, as formas das telas ou dos suportes usados por Piasson fugiam completamente ao convencional. Tal suporte, quando retangular, podia assemelhar-se a imensas réguas alinhadas tanto horizontal quanto verticalmente, formando dípticos ou trípticos harmoniosos e plenos de luminosas cores. Contudo, a inovação maior provinha da adoção de suportes irregulares que, vale enfatizar, faziam parte integrante da obra, ora com bordas curvas, assemelhando-se a leques, ora pontiagudas, ou em muitos outros formatos não convencionais, levando, invariavelmente, à sensação de flutuar. No começo dos anos 90, raros artistas adotavam esses formatos pouco conhecidos que chegavam a surpreender aos mais conservadores e aos avessos à inovação na criação artística.

     Perdi contato com Piasson na metade da década de 90. Só depois vim a saber que o artista mudara-se para Londres com o objetivo de aprofundar-se no estudo de novas técnicas de pintura. E ele estava justamente numa das cidades mais ricas do mundo, dotada de preciosíssimos museus e galerias de arte!

     Durante o tempo da sua experiência britânica, Piasson chegou a expor suas pinturas num espaço cultural de Covent Garden, um dos mais maravilhosos lugares de Londres, com cafés ao ar livre, sofisticadas lojas, artistas de rua e magníficos mercados. Concedeu entrevista à Rádio BBC de Londres e ao Jornal Latin America, também da capital britânica. O mais importante foi que, durante sua experiência londrina, Piasson participou de cursos de aperfeiçoamento da sua arte.

     De volta ao Brasil continuou pintando e, mais que isto, tornou-se professor, ministrando cursos de técnicas e efeitos em pintura decorativa. Recentemente, ao visitar a escola e atelier de Piasson, pude conhecer sua obra atual. Constatei então que o artista plástico persiste fiel ao seu princípio – o abstracionismo – que prossegue por ele praticado sobre suportes não convencionais. Ocasionalmente ele faz algumas experiências figurativas e demonstra domínio da anatomia humana, mas é a abstração que se mantém como o substrato da sua obra.

     O que mais se sobressai nesta última fase é a variedade de tons que passam até mesmo por prateados e brancos quase evanescentes, e também, o fato de Piasson valer-se de técnicas mistas com experimentos de resinas e composições diversas com fragmentos de madeira, rocha, metal, materiais marinhos e outros elementos orgânicos, cujos resultados têm sido muito interessantes, porque dotam a obra, às vezes, de um caráter de intensa dramaticidade.

     No período – final dos anos 90 – em que Piasson residiu no litoral de Santa Catarina, passou a incorporar ainda mais a sua obra com materiais orgânicos que, ao longo do tempo, “quase sem perceber, quase distraidamente” como diz o próprio artista, foi colecionando: conchas, pedaços de madeira desprendidos de embarcações e polidos pelo mar, pedras... Aprofundando-se em tais experimentos, ele obteve novos e surpreendentes resultados.

     As últimas telas do artista revelam maturidade no trato do abstracionismo, tanto na composição quanto em algumas inovações, como, por exemplo, no emprego de tintas metálicas.

     Ainda há pouco, rememorando as telas feitas no início da sua carreira, eu mencionei que elas pareciam querer alçar vôo. Surpreendentemente, seus trabalhos atuais estão agora, em grande parte, suspensos no espaço. É que Piasson os está realizando de tal maneira que eles podem ficar pendurados do teto, como móbiles, literalmente flutuando. Penduradas do teto, mas à distância de um palmo da parede, essas obras à primeira vista parecem afixadas, mas qualquer leve brisa que atravesse o ambiente fazendo-as oscilar apenas milímetros, cria uma sensação espacial de inquietante fascínio e sugere a ligação da matéria com o espírito.

     Um dos quadros, por exemplo, chama-se “No limite da dimensão”. Outros, que evocam vôos e flutuações, integram a “Fase Alada” do artista. Somando-se isto às formas ousadas dos suportes, Piasson alcança plenamente os seus objetivos.

     Esses mesmos trabalhos que flutuam, foram projetados para ser instalados também no chão, proporcionando assim uma releitura de infinitas possibilidades.

     Outro detalhe muito interessante da fase atual é o lado ecológico da criação do artista, que denuncia a degradação da Natureza, preocupação esta que é um reflexo da sua chácara agro-ecológica na área metropolitana de Curitiba. Uma das madeiras afixadas numa tela está parcialmente carbonizada, e isto denuncia as queimadas ilegais das matas. Com o carvão do próprio fragmento carbonizado, ele desenhou sobre a tela branca, criando um trabalho de rara beleza.

     Atualmente a pintura de Valdeci Piasson prossegue, dentro do seu inequívoco intimismo, representando um elo entre a matéria e o espírito. Ele aponta, como desde o princípio e agora com maior intensidade, para uma das muitas trilhas que assomam no horizonte destes novos tempos, que é aquela que poderá se tornar uma das mais marcantes e profícuas da sua geração.

Francisco Souto Neto


FRANCISCO SOUTO NETO, advogado, jornalista e crítico de arte radicado em Curitiba, foi diretor do Instituto Saint’Hilaire da Defesa dos Sítios Históricos, conselheiro do Museu de Arte do Paraná, conselheiro do Sistema Paranaense de Museus (gestões René Dotti e Gilda Poli), diretor da Associação dos Amigos dos Museus de Curitiba: Museu de Arte Contemporânea, Museu Paranaense e Museu da Imagem e do Som, conselheiro do Programa de Cultura da Telepar, e Assessor da Diretoria, da Presidência e para Assuntos de Cultura do Banestado. Em 2006 e 2007, diretor segundo-secretário da API – Associação Paranaense de Imprensa (gestão Nilton Romanowski).

-o-


Francisco Souto Neto, autor do prefácio para o livro Piasson.

-o-

Página 6: Prefácio em Inglês.

Página 7: Prefácio em Inglês.

It was back in 1992 that I got from a journalist friend, Mary Schaffer, who suggested yhat I check out a new artist called Piasson, who was having his first exhibits, and whom she believed to be an interesting and talented artist. And it was by following my friend and fellow journalist’s suggestion that I first became familiar with the work of Valdeci Piasson, in the same year in which the young man was concluding his studies at EMBAP – the Music and Fine Arts Higher Education College of Paraná State. I visited the exhibition, made a thorough analysis of the works on show and published my critic in the Expressão & Arte column of the Indústria & Comércio Newspaper, for which I had been writing for over ten years, in addition to two other magazines, Charme and Success.
            Piasson was developing on canvas the purest abstractionism. However, it was clear to me that the ideas for the compositions emerged from figurative references, adding to the feeling that the paint strokes suggested intense movement, a sort of restlessness that led spectator to some interesting visual experiences. It was as if the work wanted to fly off from the merely material realm, and the restlessness of this physical realm of painting was a counterpoint to the subtleness of the personal and spiritual worlds of the artist. This was the key to the beginning of an understanding of the magnetism that Piasson’s art seemed to instil in people.
            These paintings became more significant to me when I discovered that Piasson had prepared, and still continues to prepare, his own paint, just as the old masters had done in bygone centuries. He used organic materials, such as coal, iron ore, sand, rock fragments, various shades of earth and pigments extracted from the rock itself.
            Furthermore, the shapes of the canvases or frames used by Piasson have completely bypassed convention. Such frames when rectangular, could resemble immense rulers, lined up both horizontally and vertically, forming diptychs or triptychs that are harmonic and replete with luminous colours. However, the greatest innovation came from the adoption of irregularly shaped frame that, it is worth emphasizing, were themselves an integral part of the work. There are either curved edges, similar to hand fans, or sharp ones; or they may come in a variety of other unconventional shapes, invariably inducing a sensation of floating. In the early nineteen nineties, few artists adopted these little-known formats that would surprise even the most conservative viewer and those who are relucted to innovate in artistic creation.
            I lost touch with Piasson in the middle of the 1990s. Only later did I learn that the artist had moved to London in order to study new painting techniques. And he has precisely in one of the greatest capitais, rich in some of the most famous museums and art galleries, in the world!
            During his stay in Britain, Piasson exhibited his paintings at a cultural space in Covent Garden, which I consider to be one of London’s most marvelous spots, with open air cafés, sophisticated shops, street artists and magnificent markets. He gave an interview to BBC Radio London and to the Latin American Newspaper, also based in the British capital. However, most importantly, whilst in London, Piasson attended courses to perfect his art.
            Back in Brazil, he continued painting, and moreover, became a teacher, lecturing in techniques and effects in decorative painting. Recently, whilst visiting Piasson’s school and studio, I had a chance to view his present work. I realized then that the artist has remained faithful to his principle – abstractionism – which he continues to execute on unconventional frames. He occasionally creates figurative experiences and demonstrates a mastery of human anatomy, but it is abstractionism that persists as the core of his works.
            What figures most in this latest phase is the variety of shades that range through silver and almost evanescent whites, and also the fact that Piasson employs mixed techniques, experimenting in resins and various compositions with fragments of wood, rock, metal, ocean debris, and other organic elements , which create very interesting effects, since they lend an intense dramatic character to the works.
            In the late 1990s – when Piasson was living on the coast of Santa Catarina State – he began to incorporate into his work even more organic materials which, as time went by, “almost without realizing it, almost distractedly”, as the artist himself says, he had collected: shells and pieces of wood that fell from boats and were polished by the ocean and through contact with rocks. Plunging deeper into these experiments he obtained new and astonishing results.
            The artist’s latest canvases reveal a maturity in dealing with abstractionism, as much in the composition as in the innovations, such as the use of metallic paints.
            A little while ago, recalling his output on canvas from the early days of his carrer, I mentioned that they seemed to desire to take flight. Surprisingly, a great many of his present works are now suspended in the air. That is because Piasson is executing them in such a way that they hang from the ceiling, much like baby mobiles, literally floating. While hanging from the ceiling, but a handbreadth away from the wall, these works seem, at first sight, to be set in place, but any light breeze that crosses the room causes them to sway, crating a spatial sensation of disquieting fascination, suggesting a link between matter and spirit.
            One of the works, for example, is called “No limite da dimensão” [At the edge of dimension]. Others, which evoke flights and fluctuations, integrat the “Winged Phase” of the artist. Adding that to the bold shapes of the frames, Piasson completely achieves his objectives.
            These same works that float were also intended to be installed on the ground, thus providing infinite possibilities for reinterpretation.
            Another very interesting detail of the present phase is the ecological slant of the artist’s creations, which denounces the degradation of Nature, this concern being a reflex of his agro-ecological farm in the metropolitan area of Curitiba. One of the pieces of wood attached to a painting is partially carbonized, and that denounces the illegal lighting of fires in the forests. Wich the coal resulting from the carbonized fragment itself, he drew on white canvas, creating a work of exquisite beauty.
            Presently, the paintings of Piasson represent a link between matter and spirit. He points down, as at the beginning of his career, and now more intensely, one of the many paths that are arising on the horizon of these new times, and which could turn him into one of the most striking and proficient of his generation.
            Francisco Souto Neto.
_______________________________________________________________

Francisco Souto Neto is a lawyer, journalist and art critic who resides in Curitiba, and as been Director of the Saint’Hilaire Institute for the Preservation of Historical Sites, a Councilor of the Paraná Arte Museum, a Councilor of the Paraná System of Museums, a Director of the Association for the Friends on Museums in Curitiba: The Museum of Contemporary Art, the Museum of Paraná State and the Museum of Sound and Image, a Councilor of the Telepar Program for Culture, and an Assistant to the Board of Directors, Presidency and for Culture Issues at Banestado. In 2006 and 2007, he was the Second-Secretary Director of API – the Paraná Press Association.

-o-

Página 8: Prefácio em Espanhol.

Página 9: Prefácio em Espanhol.

            Transcurría el año 1992 cuando recibí una llamada de teléfono de la periodista Mary Schaffer, sugiriéndome que intentase conocer un nuevo artista plástico que comenzaba a exponer, llamado Piasson, que ella creía que era interesante y talentoso. Fue así, estimulado por la sugerencia de mi amiga y compañera de periodismo, que por primera vez tomé contacto com la obra de Valdeci Piasson, en aquel año en que el joven concluía sus estudios en la EMBAP – Escuela Superior de Música y Bellas Artes de Paraná, Brasil. Visité la exposición, analicé detenidamente los trabajos expuestos y publiqué mis impressiones en la columna “Expressão & Arte”, que mantuve durante más de diez años en el Periódico “Indústria & Comércio”, y también en las revistas “Charme” y “Success”.
            Piasson desarrollaba en los lienzos el más puro abstraccionismo. Sin embargo, me pareció claro que en las ideas de las composiciones se adivinaban referencias figurativas, sumándose a la sensación de que las pinceladas sugerian un intenso movimiento, una especie de inquietud que llevaba al espectador a una interesante experiencia visual. Era como si la obra quisiese volar para salir del plano meramente material, y la inquietud de ese plano físico de la pintura fuese un contrapunto a las sutilezas del mundo personal y espiritual del magnetismo que el arte de Piasson parecia ejercer sobre las personas.
            Esas pinturas pasaron a ser más significativas para mí cuando tuve conocimiento de que Piasson creaba – y continúa creando – su propia tinta, tal cual hacían los grandes maestros de los siglos pasados. Él se valía de materiales orgánicos, tales como carbón, minerales, arena, fragmentos de roca, diferentes tonos de tierra y pigmentos retirados de la propia piedra.
            Además de esto, las formas de los lienzos o de los soportes usados por Piasson huían completamente de lo convencional. Tal suporte, cuando rectangular, se podía assemejar a inmensas reglas alineadas tanto horizontal como verticalmente, formando dípticos o trípticos harmoniosos y plenos de luminosos colores. Con todo, la innovación mayor provenía de la adopción de soportes irregulares que, vale enfatizar, hacían parte integralmente de la obra, ora com bordes curvos, asemejando abanicos, ora pontiagudos, o en muchos otros formatos no convencionales, llevando, invariablemente, la sensación de flotar. A principios de los años 90, raros artistas adoptabam esos formatos poco conocidos que llegaban a sorprender a los más conservadores y a los contrarios a la innovación en la creación artística.
            Perdí el contacto con Piasson en la mitad de la década de los 90. Sólo después supe que el artista se mudó para Londres con el objetivo de profundizarse en el estudio de nuevas técnicas de pintura. Y él estaba justamente en una de las ciudades más ricas del mundo, dotada de preciosísimos museos y galerías de arte!
            Durante el tiempo de su experiencia británica, Piasson llegó a exponer sus pinturas en un espacio cultural de Covent Garden, que considero uno de los más maravilhosos lugares de Londres, con cafeterías al aire libre, sofisticadas tiendas, artistas de calle y magníficos mercados. Concedió uma entrevista a la Radio BBC de Londres y al “Jornal Latin America”, tambíén de la capital británica. Lo más importante fue que, durante su experiencia londrina, Piasson participó de cursos de perfeccionamiento de su arte.
            De vuelta a Brasil continuó pintando y, más que esto, se hizo profesor, impartiendo cursos de técnicas y efectos en pintura decorativa. Recientemente, al visitar la escuela y estudio de Piasson, pude conocer su obra actual. Constaté entonces que el artista plástico permanece fiel a su principio – el abstraccionismo – que sigue siendo practicado por él sobre soportes no convencionales. Ocasionalmente hizo algunas experiencias figurativas y demuestra dominio de la anatomía humana, pero es la abstracción la que se mantiene como el sustrato de su obra.
            Lo que más sobresale en esta última fase es la variedad de tonos que pasan hasta mismo por los plateados y blancos casi evanescentes, y también, el hecho de que Piasson se vale de técnicas mixtas com experimentos de resinas y composiciones diversas con fragmentos de madera, roca, metal, materiales marinos y otros elementos orgánicos, cuyos resultados han sido muy interesantes, porque dotan a la obra, a veces, de um carater de intensa dramaticidad.
            En el período – finales de los años 90 – en que Piasson residió em el litoral de Santa Catarina, pasó a incorporar todavia más en su obra materiales orgánicos que, a lo largo del tiempo, “casi sin percibirlo, casi de forma distraída” como dice el proprio artista, fue coleccionando: conchas, pedazos de madera desprendidos de embarcaciones y pulidos por el mar, piedras... Profundizándose en tales experimentos, obtuvo nuevos y sorprendentes resultados.
            Los últimos lienzos del artista revelan madurez en el trato del abstraccionismo, tanto en la composición cuanto en algunas innovaciones, como, por ejemplo, en el empleo de tintas metálicas.
            Hace poco, recordando los lienzos hechos em el inicio de su carrera, mencioné que parecían querer alcanzar vuelo. Sorprendentemente, sus trabajos actuales están ahora, en gran parte, suspendidos en el espacio. Es que Piasson los está realizando de tal manera que pueden estar colgados del, como móviles, literalmente flotando. Colgadas del techo, pero a una distancia de un palmo de la pared, esas obras a primera vista parecen fijas, pero qualquier leve brisa que atraviese el ambiente haciéndolas oscilar apenas milímetros, crea uma sensación  espacial de inquietante fascinación y sugiere uma unión de la materia com el espíritu.
            Uno de los cuadros, por ejemplo, se llama “No limite da dimensão” (En el limite de la dimensión). Otros, que evocan vuelos y formas de flotar, integran la “Fase Alada” (Fase de las Alas) del artista. Sumando esto a las formas osadas de los soportes, Piasson alcanza plenamente sus objetivos.
            Esos mismos trabajos que flotan, fueron proyectados para ser también instalados en el suelo, proporcionando así una relectura de infinitas posibilidades.
            Outro detalle muy interesante de la fase actual es el lado ecológico de la creación del artista, que denuncia la degradación de la Naturaleza, preocupación ésta que es un reflejo de su finca agro ecológica en el área metropolitana de Curitiba. Una de las maderas fijadas en un lienzo está parcialmente carbonizada, y esto denuncia los incendios ilegales de los bosques. Con el carbón del proprio fragmento carbonizado, dibujó sobre un lienzo blanco, creando un trabajo de rara belleza.
            Actualmente la pintura de Piasson prosigue, dentro de su inequívoco intimismo, representando un puente entre la materia y el espíritu. Él apuenta, como desde el principio y ahora con mayor intensidad, para uno de los muchos caminos que aparecen em el horizonte de estos nuevos tiempos, que es aquél que podrá volverse uno de los más marcantes y provechosos de su generación.
            Francisco Souto Neto
_______________________________________________________________

Francisco Souto Neto, abogado, periodista y crítico de arte erradicado em Curitiba, fue director del Instituto Saint’Hilaire de la Defensa de los Sitios Históricos, consejero del Museo de Arte de Paraná, consejero del Sistema Paranaense de Museos, director de la Asociación de los Amigos de los Museos de Curitiba: Museo de Arte Contemporáneo, Museo Paranaense y Museo de la Imagen e del Sonido, Consejero del Programa de Cultura de Telepar, y Asesor de Dirección , de Presidencia y para Asuntos de Cultura de Banestado. Em 2006 e 2007, director segundo secretario de API-Asociación Paranaense de la Prensa.

Algumas obras de Piasson:

Página 27

Página 33

Página 49

Página 53

Página 61

Página 87

Valdeci Piasson trabalhando em sua obra.

Ficha técnica do livro:
Página 111: Ficha técnica do livro Piasson.

-o-