terça-feira, 12 de julho de 2011

Visconde de Souto - Ascensão e "Quebra" no Rio de Janeiro Imperial


Arte e Memórias de Viagens

Francisco Souto Neto na Revista MARY IN FOCO nº 16 – Março 2008 (p. 46-48), de Mary Schaffer e Marco Antônio Felipak

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Visconde de Souto – Ascensão e “Quebra” no Rio de Janeiro Imperial

Francisco Souto Neto e Lúcia Helena Souto Martini

      Desde o ano passado, em coautoria com minha prima Lúcia Helena Souto Martini, que reside no Estado de São Paulo, estou escrevendo a biografia do banqueiro António José Alves Souto, o Visconde de Souto, nosso trisavô.

       O biografado nasceu em 1813, na cidade do Porto, Portugal, e veio para o Rio de Janeiro em 1830, aos 15 anos. Cinco anos depois estabeleceu-se por conta própria, criando a casa bancária A. J. Alves Souto & Cia, conhecida como Casa Souto, precursora dos bancos privados no país. Ele foi presidente da Beneficência Portuguesa e fundador da Junta de Corretores que deu origem à Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Fez parte da primeira diretoria da Caixa Econômica. Era Comendador da Ordem da Rosa até que, em 1862, recebeu o título de visconde, concedido pelo rei de Portugal, D. Luís I. Em sua chácara no bairro carioca de São Cristóvão, criou o primeiro jardim zoológico do Brasil, que franqueava à visitação pública. O zoo do Barão de Drummond, o segundo da História do Brasil, que é às vezes mencionado como o primeiro, seria criado só em 1888. Em 1860, na Fazenda Bela Vista, onde plantava café, o Visconde de Souto mandou construir um oratório, hoje conhecido por “Capela Mayrink”, nome do seu último proprietário. Pelo casamento dos filhos, aparentou-se com as famílias de Marquês de Olinda (regente e primeiro-ministro do Brasil Imperial), Visconde de Pirassununga, Conde de Ipanema e Euzébio de Queiroz, senador e ministro do Império.


Lúcia Helena Souto Martini e Francisco Souto Neto
na Capela Mayrink, Rio de Janeiro, em 2009.
Foto Sílvia Maria Pinheiro Grumbach.


      A Chácara do Souto, residência oficial do Visconde, confinava com a Quinta Imperial da Boa Vista. Documentos da época atestam que o Imperador frequentava a Chácara do Souto para jogar xadrez com seu anfitrião e amigo.

      Em 1864 a Casa Souto, cujo passivo equivalia à metade da dívida interna do Brasil, foi à falência, gerando a talvez maior crise da história financeira do país, conhecida como "Quebra do Souto”. A partir desse gravíssimo episódio surgiu o sistema financeiro como hoje o conhecemos, com a separação da emissão de moeda da emissão de notas à vista, ambas até então feitas pelo Banco do Brasil. Por ordem do Imperador, foi instaurada uma comissão de inquérito para apontar os culpados pela crise. A conclusão veio em 1866, inocentando o Visconde de Souto. Ele havia saldado quase todas as dívidas, às custas do seu enorme patrimônio pessoal. Reconquistou a confiança pública e continuou trabalhando como corretor de fundos até sua morte, em 1880, aos 66 anos.

Autores e livros

      Muitos escritores referem-se tanto ao Visconde de Souto como personalidade de seu tempo, quanto à “Quebra do Souto”, em livros que são marcos da Literatura Brasileira. Machado de Assis menciona-o em “Quincas Borba” e “Hoje Avental, Amanhã Luva”, Lima Barreto em “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, Arthur de Azevedo em “Paga ou Morre!”, Liberato de Castro Carreira em “História Financeira e Orçamentária do Império do Brazil desde a sua Fundação” (edição de 1880), Adolfo Morales de los Rios Filho em “Rio de Janeiro Imperial” e em “Grandjean de Montigny e a Evolução da Arte Brasileira”, Adalberto José Pizarro Loureiro em “História da Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro”, Fernando Monteiro em “A Velha Rua Direita”, Antônio Gontijo de Carvalho em “Um Ministério Visto por Dentro”, Carlos Manes Bandeira em “Parque Nacional da Tijuca”, Genaro Rangel em “Semeadura e Colheita”, Carlos Marichal Salinas e Pedro Tedde em “La Formación de los Bancos Centrales en España y América Latina” (editado em Madrid em 1994), Sérgio Buarque de Holanda em “História Geral da Civilização Brasileira” e muitos outros.

      As mais importantes revistas do Século XIX, Archivo Pittoresco e Semana Illustrada, e jornais de várias épocas, fazem referências ao Comendador e Visconde de Souto. Na atualidade, encontramos na internet até mesmo textos de defesa de tese, que procuram explicar os eventos da Quebra de Souto.

A história da Caixa Econômica Federal

      Eduardo Bueno, no livro “Caixa – Uma História Brasileira”, edição de 2002, narra como o Visconde de Souto ofereceu os salões da sua mansão para que a diretoria recém-empossada da Caixa Econômica, da qual ele fazia parte, tivesse onde realizar as primeiras reuniões:

      “A Caixa Econômica tem suas dívidas para com o Comendador Alves Souto: além de ceder os aposentos de sua residência para cerca de dez reuniões do Conselho, foi ele quem providenciou a mobília da sala da Câmara dos Deputados, no prédio da Cadeia Velha (onde atualmente se ergue o Palácio Tiradentes), na Rua da Misericórdia, onde ficara decidido que a Caixa, na falta de local mais apropriado, iniciaria suas atividades”.

      Entretanto, as primeiras atas da entidade registram que a benemerência do então Comendador, depois Visconde de Souto, foi ainda mais extensa. A ata da reunião ocorrida no dia 16 de maio de 1861, conservada no Museu da CEF, em Brasília, e reproduzida no livro “Museu da Caixa Econômica Federal”, edição de 1980, registra elogios ao Comendador Souto por ter ele, altruisticamente, tomado a si a responsabilidade pela reforma da sala emprestada do prédio da Cadeia Velha, para ali instalar a primeira agência da Caixa, oferecendo recursos financeiros do seu próprio bolso e sua fiscalização pessoal na concretização das obras, vez que o dinheiro para tal não fora liberado pelo governo imperial.

O Visconde de Souto nas lembranças dos poetas Modernistas

      Os poetas Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, no livro que escreveram em coautoria, “Rio de Janeiro em Prosa & Verso”, lançado pela José Olympio Editora no ano de 1965, preservam a memória do Visconde de Souto no capítulo sob o título “O Jardim Zoológico do Souto”, transcrevendo o seguinte, nas páginas 91 e 92:

      “A geração de hoje conhece de nome o Souto – pela notícia que tem da quebra de sua casa bancária, em 1864, arrastando em seu desmoronamento outras casas e bancos e levando a praça à grande crise comercial que tão profundamente a abalou.
      O Souto, José António Alves Souto [o prenome está invertido; o correto é António José Alves Souto], foi um negociante português que, aqui chegando menino, pelo seu trabalho assíduo e inteligente, reuniu uma fortuna considerável e alcançou um crédito ilimitado.
      Tão grande era a confiança que nele se depositava que sua casa bancária, em seu tempo, rivalizava, como carteira de depósito, com o Banco do Brasil, a mais importante instituição bancária do país.
      Depositário de uma soma avultadíssima de haveres, mergulhado em inúmeros negócios a que a sua atividade não podia atender a um tempo, a Casa Souto ruiu, ocasionando prejuízos consideráveis no comércio do país e que se traduziram num verdadeiro cataclismo de que ainda hoje se fala com pavor.
      Possuidor de grande fortuna, Souto era um espírito liberal e generoso. Tendo construído para sua habitação um belo palacete na Rua Barão de Monte Alegre [o correto é Rua do Campo Alegre, hoje Ibituruna], em meio a um grande e bem tratado parque, aí organizou um jardim zoológico, onde reuniu, à custa de muito trabalho e grandes despesas, muitas e variadas espécies dos mais interessantes animais do globo. Até um elefante existiu no jardim zoológico do Souto.
      Organizado o parque, foi ele franqueado ao público e, durante muito tempo, foi o ponto predileto de reunião e passeio dos fluminenses nos domingos.
      Sem as facilidades de locomoção que hoje existem, era a pé, pelo extenso caminho do aterrado, que os caixeiros, que recebiam dos patrões seis vinténs para se divertir nos domingos, iam passear à Chácara do Souto, o que não lhes custava nada”.

Adolfo Morales de los Rios Filho e Ruy O. R. Carvalho

      Em “Gradjean de Montigny e a Evolução da Arte Brasileira”, o escritor Adolfo Morales de los Rios Filho descreve os jardins da Chácara do Souto, numa época, a metade do século XIX, em que não eram muito habituais os jardins ornamentais em residências:

      Souto, o rico negociante e banqueiro da Rua Direita possuía uma das mais belas chácaras do Rio de Janeiro. Os jardins que ali mandara fazer, cheios de roseiras, de plantas decorativas, de arvoredo, de palmeiras e cobertos de relvado, tinham a seguir um rico pomar e uma extensa horta. Tudo cuidado com capricho e gradativamente melhorado com espécimes e exemplares vindos, também, da Europa. Os grandes haveres do conhecido homem de negócios, lhe permitiram, outrossim, criar uma valiosa coleção zoológica, em que se destacavam raros exemplares de animais do Brasil. Pode-se dizer que foi o primeiro jardim zoológico aqui estabelecido”.

      No livro “Bolsa de Valores do Rio de Janeiro – 150 anos – A História de um Mercado” (1995), o autor Ruy O. R. Carvalho publicou o retrato a óleo do Visconde de Souto, que se encontra na Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro, escrevendo:

      “Retratado por Antônio Rodrigues Duarte, o Corretor António José Alves Souto, fundador da Junta de Corretores e Visconde de Souto por decreto do Rei de Portugal de 1862, foi o protagonista central da mais grave crise econômica do Império. A falência de sua casa bancária, com perto de 10.000 credores e passivo de 6.350.000 libras, equivalente à metade da dívida pública interna da época, foi um terremoto econômico que abalou seriamente a praça do Rio de Janeiro”.

      O chiste sobre a Quebra do Souto, encontrado em jornais e revistas da época, dizia que a Casa Souto ruíra com tamanha repercussão que por todo o Império até os papagaios não paravam de gritar e repetir: “O Souto quebrou! O Souto quebrou!”...

A elaboração do livro

      Ao escrever Visconde de Souto – Ascensão e “Quebra” no Rio de Janeiro Imperial, decidimos manter incólume a linha da realidade. Tudo o que estamos relatando tem base documental. E esta não vem apenas de livros, como os que acabamos de mencionar. Vem, sobretudo, de documentos que estão arquivados em instituições como: Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional, Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, Cúria Metropolitana, IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IHGB – Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e outros.

     Prefaciado por Dalmiro da Motta Buys de Barros, ex-presidente do Colégio Brasileiro de Genealogia, o livro não terá por objetivo apenas resgatar a figura do Visconde de Souto, que foi também um mecenas a seu tempo. Será um guia para melhor entender a economia brasileira da metade do Século XIX, explicando o mecanismo que fez nascer as primeiras casas bancárias no Brasil. Num apêndice, o livro fará referências à depredação do Cemitério do Catumbi, onde estão sepultados os grandes vultos do Império, que teve grandes repercussões também no Paraná na década de 1980.

      A obra deverá ser publicada com recursos da Lei Rouanet, de modo que não será uma edição comercial. Além da cota que caberá aos patrocinadores, que ainda não temos, o livro será distribuído gratuitamente a universidades, bibliotecas e pesquisadores de todo o país e alguns no Exterior.

Legendas: Foto 1 – Visconde de Souto, OST de A. R. Duarte, 1890. Acervo da Beneficência Portuguesa – Rio de Janeiro. Foto por gentileza de Ney O. R. Carvalho. Foto 2 – Ata de reunião da Caixa Econômica datada de 15.5.1861 (Museu da CEF, Brasília). Foto 3 – O autor Francisco Souto Neto. Foto 4 – A autora Lúcia Helena Souto Martini.

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ADENDO EM 2015


No dia 9 de agosto de 2015 foi outorgado a Francisco Souto Neto, pela Associação Brasileira de Liderança (São Paulo) o título de Comendador, através de comenda (medalha) seguida do Prêmio Excelência e Qualidade Brasil 2015, na categoria “Cultura”, como “Destaque entre os melhores do Brasil” (vide fotos abaixos). Levaram em consideração o prêmio “Troféu Imprensa do Brasil 2014” que Francisco Souto Neto recebeu no ano passado, também o fato de ser membro da Academia de Letras José de Alencar, somados ao sucesso da biografia do Visconde de Souto (que embora ainda inédita, já recebeu a atenção do The History Channel que em 2013 entrevistou F. Souto Neto e sua prima Lúcia Helena Souto Martini no programa“Detetives da História”, teve trechos publicados na Revista do IHGB  e na Revista do IHGRJ, que estão na internet) e que deverá ser publicada pela Editora Trento, de Ricardo Trento, presidente da Unicultura de Curitiba. Mas o motivo principal da honraria provavelmente deve-se aos mais de 3.000 textos em jornais e revistas, dentre os quais a coluna Expressão & Arte que foi publicada durante onze anos e teve extensão simultânea em dois outros jornais e uma revista, também as crônicas publicadas desde 2007 e as memórias de viagens nos jornais publicadas no Jornal Água Verde, Folha do Batel e Jornal Centro Cívico.


Comendador Francisco Souto Neto


Detalhe da comenda de Francisco Souto Neto


O Comendador FRANCISCO SOUTO NETO usando sua comenda, com o chihuahua Paco Ramirez. Nas duas telas acima do piano, os seus pais: Edith Barbosa Souto (1911-1997) segurando o chihuahua Quincas Little Poncho (1973-1990), e o jornalista Arary Souto (1908-1963).  

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ADENDO EM 4 DE OUTUBRO DE 2017:

O meu artigo na revista MARY IN FOCO foi publicado há quase dez anos, em março de 2008. Longo e penoso foi o caminho que eu e minha coautora trilhamos para que a biografia do Visconde de Souto se tornasse realidade, o que aconteceu graças à EDITORA PRISMAS de Curitiba.

A nossa noite de autógrafos realizou-se no dia 12 do mês p.passado no Palacete dos Leões (Espaço Cultural BRDE). No meu artigo que poderá ser lido no link abaixo,  faço um breve relato de como foi a história que culminou com o lançamento do livro, e podem ser vistas as fotografias dos amigos que estiveram presentes ao evento: 

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19 comentários:

  1. Belíssima história, parabéns.
    Sr. Souto um homem que soube que o trabalho vem primeiro que os ganhos e louros, igualmente a outros grandes homens que muito fizeram por nosso país.

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    1. Cara Mariza Diniz, muito obrigado ter por se interessado pela história do Visconde de Souto, e pelo estímulo das suas palavras. Um abraço.

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  2. Olá sr. Francisco, boa noite.

    Já enviei uma mensagem para Lucia Helena, mas de qualquer envio para ti, também.
    Meu nome é Cristina, tenho 31 ano, e moro em Campinas-SP.
    Sou filha de Marcos Garcia Souto e neta do falecido Antônio José Souto, ambos do RJ-RJ. Gostaria de mais informações, se possível.
    Estou tentando entender melhor a árvore genealógica.

    Obrigada desde já

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    1. Prezada Cristina.
      Obrigado por comunicar-se. O nome do seu falecido avô (Antônio José Souto) é parecido com o do meu trisavô (António José Alves Souto, o Visconde de Souto), exceto pela fala do “Alves”. O Visconde nasceu em 1813 na cidade do Porto, Portugal, e faleceu em 1880 no Rio de Janeiro. Em princípio, me parece que seu avô não descende do Visconde de Souto, tratando-se provavelmente de outro ramo dos Soutos. Souto é uma das famílias mais antigas e numerosas de Portugal, com muitas ramificações, e cuja extensão na Espanha leva o nome Sotto. Para sabermos se seu avô é descendente do Visconde de Souto, seria necessário descobrir os nomes dos seus pais e avós, e talvez dos bisavós. Com perseverança e dedicação, você poderá pesquisar e descobrir esses nomes. Assim seria possível saber se seu avô descende de um dos 13 filhos do Visconde. Passo-lhe, abaixo, os nomes dos filhos do Visconde, e tudo o que sabemos sobre os seus descendentes. Fico torcendo para que você tenha sucesso nas pesquisas. Seja qual for o resultado, ficarei grato se comunicar-me. Um abraço.

      (O que se lê abaixo, é parte do capítulo “Descendentes do Visconde de Souto”, do livro ainda inédito “Visconde de Souto – Ascensão e ‘Quebra’ no Rio de Janeiro Imperial”, já registrado na Biblioteca Nacional e com direitos reservados)

      O visconde e a viscondessa de Souto tiveram os seguintes filhos:

      1º - Antônio José Alves Souto Júnior. Primogênito, nascido em 23 de agosto de 1836. Dele nada se sabe. Talvez tenha vindo a falecer logo na infância.

      2º - Ana Maria Alves Souto (*1837 +7.9.1904), casada com João Antônio Moreira, irmão de José Antônio Moreira Filho, o barão de Ipanema (1), filhos do conde de Ipanema (2). Teve numerosa prole. Seus filhos e netos também foram se espalhando pelo Brasil, mas um núcleo permaneceu no Rio de Janeiro. Marcello de Ipanema (3), neto de Ana Maria, casou-se com Cybelle de Ipanema, ambos historiadores.

      3º - João José Alves Souto (*1839 +21.10.1888) casou-se em 2 de março de 1861 no Rio de Janeiro, com Rita de Queiroz Matoso Ribeiro, filha do senador Euzébio de Queiroz Coutinho Matoso Câmara e Maria Custódia Ribeiro de Oliveira, e neta materna da condessa da Piedade. Tiveram doze filhos, muitos deles falecidos na infância: Eduardo Souto (*20.12.1861 +14.1.1862); Marieta de Queiroz Souto (*1863 +18.2.1870), falecida na Rua Nova do Imperador n.º 12; Carlota de Queiroz Souto (*1864 +2.4.1869), falecida na Rua Nova do Imperador n.º 12; Julieta de Queiroz Souto (*5.3.1867 +12.3.1870), falecida na Rua Nova do Imperador n.º 12; João Souto (*1871); Maria de Queiroz Souto (sem dados conhecidos); Alfredo de Queiroz Souto (*1875); Matilde de Queiroz Souto (*1877); Alice de Queiroz Souto (*1879 +12.5.1911), que se casou com seu primo José Alves Souto Júnior; Antonieta de Queiroz Souto (*1881); Joana Souto (*1883 +18.3.1885), falecida na Travessa Campo Alegre n.º 22; Euzébio de Queiroz Souto (*1885 +7.5.1887), falecido na Rua Barão de Ibituruna n.º 22.

      (CONTINUA - Este blog limita a extensão das respostas, de modo que terei que passar esta resposta em etapas).

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    2. Prezada Cristina, CONTINUANDO:

      4º - José Antônio Alves Souto (*16.1.1840 +24.2.1894), falecido na Rua Desembargador Izidro n.º 37, teve muito sucesso nas suas atividades profissionais e chegou a ocupar postos importantes. Foi presidente da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro durante três gestões: 1877, 1882 e 1883. Casou-se na Chácara do Souto em 22 de dezembro de 1862 com Luiza Lima Araújo (*26.10.1845 +24.2.1894), que era filha dos viscondes de Pirassununga e neta materna dos marqueses de Olinda. Tiveram os seguintes filhos: José Antônio de Alves Souto Júnior (*16.10.1863 +23.1.1905), que em 19.1.1884 se casou com Alice Ferreira dos Santos; Luiza de Araújo Souto (*11.9.1864), que em 10.2.1883 se casou com Constâncio Pereira Lima; Judith Alves Souto (*20.10.1865), que em 26.10.1895 se casou com Manuel Gouveia Jardim; Maria Amélia de Araújo Souto (*27.12.1866 +1º.6.1881), solteira; Luiz Gonzaga Alves Souto (*12.7.1868 +13.1.1901), falecido na Rua Barão de Pirassununga n.º 1, solteiro; Joaquim Alves Souto (*18.4.1873 +14.6.1873); Antonio José Alves Souto Neto (*15.8.1874 +3.11.1874); Henrique José Alves Souto (*21.6.1877), que em 18.4.1903 se casou com Lídia Pulquério da Silva; Alberto José Alves Souto (*21.2.1879 +maio 1948), que se casou com Perpétua Maria da Conceição em 27.5.1900; Eduardo José Alves Souto (*3.2.1881), que em 12.7.1902 se casou com Georgina Maria da Silva.

      5º - Alfredo José Alves Souto, nascido no Rio de Janeiro em 1845 e falecido na mesma cidade, na Rua do Campo Alegre n.º 22, aos 17 anos, em 27 de julho de 1862.

      6º - Francisco José Alves Souto (*1847 +1890), nascido na Chácara do Souto, em 7.3.1868 contraiu matrimônio em primeiras núpcias com Maria Luíza de França e Silva. Enviuvando, casou-se com Maria da Lapa de Salles Oliveira (4) (“de Salles Souto” depois de casada), neta do alferes João da Costa Gomes Leitão (5), e tia de Armando de Salles Oliveira, que viria a ser governador do Estado de São Paulo. Tiveram os seguintes filhos: Arthur José Alves Souto, que se casou com Maria da Conceição Bruno Souto; Carmem de Salles Souto, que não se casou; Fernando José Alves Souto, que se casou com Clotilde de Salles Souto (sua prima, irmã de Eduardo Souto); Alzira de Salles Souto, que se casou com Victorino Rutigliano, e Francisco Souto Júnior (Chiquito) (6) (*12.6.1881 +2.10.1948), que se casou em 28.3.1905 com Annolina de Barros Souto (Nina) (7) (*5.2.1888 +12.10.1986). Chiquito e Nina, avós dos autores deste livro, contrairam matrimônio em Mogi das Cruzes, SP, e tiveram os filhos Iracema (que se casou com Oscar Hardt e teve os filhos Oscar, Paulo Roberto, Lia e Carlos Alberto); Arary (que se casou com Edith Barbosa Macedo e teve os filhos Olímpio, Ivone e Francisco); Jahyra (que se casou com Raul Rhormens Júnior e teve os filhos Ivan, Yeda e Márcio); Moacyr (que se casou com Julieta Petit e teve os filhos Moacyr, Iraí e Iara); Jurema (que não se casou); Jurandyr (que se casou com Lourdes Frota de Souza e teve o filho Rinaldo); Jacy (que se casou com Alfredo Almeida Costa e teve os filhos Alfredo, Maria Helena e Nelson); Juracy (que se casou com Messias Alves da Cruz e teve os filhos Rachel, Guilherme, Sérgio, Célia e Lia); Cecy (que se casou com José Labre de França e não teve filhos); Jacyra (que se casou com Hélio Legendre Martini e teve as filhas Lúcia Helena e Eliana); Maria da Lapa – Mariinha – (que se casou em primeiras núpcias com José Alves Mourão e teve as filhas Maria Cecília e Maria Cristina, e em segundas núpcias com Homero Silva e teve a filha Silvana); e Iraty (que se casou com Adalberto Emílio e teve os filhos Francisco Alberto, Gilberto, Marisa e Eliane).

      7º - Pedro José Alves Souto (*20.2.1850 +1º.4.1877), falecido na Rua Campo Alegre n.º 22, aos 27 anos, solteiro.

      8º - Isabel Alves Souto, provavelmente falecida na infância.

      (CONTINUA...)

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  3. Prezada Cristina, CONCLUINDO:

    9º - Manuel José Alves Souto (*1º.12.1852 +4.4.1893) casou-se com Thereza Christina de Salles Oliveira (8) (*13.4.1858), uma das irmãs de Maria da Lapa. Tiveram os seguintes filhos: Nair de Salles Souto, casada com seu primo Gustavo Martins Siqueira; Mário de Salles Souto (*2.10.1884); Anníbal de Salles Souto, casado com Maria Helena Lion Souto; e mais um filho, apelidado “Sansão”.

    10º - Guilherme José Alves Souto casou-se com Joana Rosa de Salles Oliveira (que passou a assinar “de Salles Souto”), irmã de Maria da Lapa e Thereza Christina. Tiveram dez filhos: Guilherme (que se casou com sua prima, Alice de Queiroz Souto, filha de João José Alves Souto e Rita de Queiroz Matoso Ribeiro Souto); Joana; Maria; Eduardo (Eduardo Souto, maestro e compositor, autor de “O Despertar da Montanha” e “Tatu Subiu no Pau”, entre outras músicas de grande sucesso); Risoleta; Francisca; Antônio; Clotilde (Clotilde de Salles Souto, casada com Fernando José de Salles Souto, duplamente seu primo, filho de Francisco José Alves Souto, irmão de seu pai, e de Maria da Lapa de Salles Souto, irmã de sua mãe); Sophia (Sophia Salles Souto, que se casou com Antônio Máximo de Mattos Cardoso, e tiveram duas filhas: Maria de Lourdes Souto Cardoso e Maria Luíza Souto Cardoso (9)), e Augusto.

    11º - Laurinda Alves Souto, que se casou com o capitão-tenente Horácio Carvalho da Silveira Lemos e faleceu em 15 de outubro de 1892. Teve os filhos Manoel Souto Lemos (que se tornou padre) e José Maria Souto Lemos (capitão de fragata) que se casou com Alice Lemos.

    12º - Maria Alves Souto nasceu no Rio de Janeiro, onde a 16.12.1882 casou-se com Júlio Torres Rangel, carioca, filho de José da Fonseca Rangel e de Amélia Josefina Torres.

    13º - Emília Alves Souto, a filha caçula, nascida no mês de março de 1855, faleceu com menos de um ano de idade, em 22 de fevereiro de 1856.
    Segundo Salvador de Moya, no livro Anuário Genealógico Brasileiro, os viscondes de Souto tiveram um 14º filho. Se for verdade, dele nada se sabe, nem sequer o nome. (MOYA, 1943, p. 150).

    Alguns dos filhos do visconde de Souto mudaram-se para o leste e nordeste do Brasil, e seus descendentes se fixariam principalmente na Bahia e Pernambuco. Hoje sabe-se que trinetos, tetranetos, pentanetos e hexanetos dos viscondes de Souto espalham-se por todos os quadrantes do território nacional, maciça maioria já esquecida dos seus ancestrais, sem saber sequer do vínculo direto que têm com aquele que foi personalidade das mais expoentes do Segundo Reinado.

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  4. Cristina, ao início da minha resposta, acima,VOCÊ LÊ o seguinte:

    "Obrigado por comunicar-se. O nome do seu falecido avô (Antônio José Souto) é parecido com o do meu trisavô (António José Alves Souto, o Visconde de Souto), exceto pela fala do “Alves”. ERREI.

    Não é "pela FALA do Alves", Por favor, LEIA: "Pela FALTA do nome Alves". Desculpe o equívoco na digitação.

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  5. NOTAS A DESCENDENTES DO VISCONDE DE SOUTO:

    (1) José Antônio Moreira Filho (1830 – 1899), o segundo barão de Ipanema (filho primogênito do primeiro barão e depois conde de Ipanema), abriu a maioria dos logradouros de Copacabana, associado a José Luís Guimarães Caipora. Forte e grande proprietário de terras, foi também o criador da Vila Ipanema, atual bairro de Ipanema. Para mostrar os terrenos de Copacabana aos futuros proprietários, valia-se de um bondinho puxado por um burro, sobre trilhos móveis de madeira estendidos na areia à medida que avançava sobre a praia.

    (2) José Antônio Moreira (1797 – 1879), o primeiro barão e depois conde de Ipanema (pai do segundo barão de Ipanema), teve o seu obituário publicado no Almanak Laemmert, edição de 1880, assim transcrito: “Conde de Ipanema, José Antônio Moreira, Grande do Império, Grande dignitário da Imperial Ordem da Rosa e comendador da de Cristo. Descendente de família paupérrima, era o ilustre finado natural da cidade de São Paulo, donde veio para o Rio de Janeiro no ano de 1814, a fim de empregar-se na carreira comercial. Entrou então como caixeiro para a casa de Antônio Teixeira Alves, e anos depois para a de Antônio Alves Nogueira, já possuidor de honroso nome adquirido nas duas casas em que estivera empregado, comprou o estabelecimento de Alves Nogueira, e encetou relações comerciais com as províncias de Minas, São Paulo, Goiás e Mato Grosso, em todas as quais o seu nome gozou sempre de ilimitada confiança, e subida e invejável reputação. Graças ao seu trabalho, à sua perseverança e bem entendida economia, conseguiu acumular, com honestidade, imenso cabedal. Nasceu na freguesia da Sé, capital de São Paulo, em 23 de outubro de 1797, e faleceu nesta corte, em sua chácara da Rua Mariz e Barros, no dia 28 de julho de 1879.” O mencionado obituário dá-nos saber que, morando na Rua Mariz e Barros, o conde de Ipanema era vizinho do visconde de Souto.

    (3) Marcello de Ipanema (*13.4.1924 +16.7.1993), historiador da imprensa, geoambientalista, foi docente da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autor de uma obra alentada sobre os primórdios das atividades de comunicação impressa no Brasil. Parte dessa obra foi escrita em parceria com sua esposa, a também historiadora Cybelle de Ipanema, membro do comitê nacional da Rede Alcar, onde representa tanto o IHGB, como diretora, quanto o IHGRJ, como presidente.

    (4) Maria da Lapa de Salles Oliveira, bisavó dos autores deste livro (“de Salles Souto” pelo casamento com Francisco José Alves Souto), era irmã do engenheiro Francisco de Salles Oliveira, senador e responsável pelo projeto de saneamento da cidade de Campinas. Este, casado com Adelaide de Sá, teve vários filhos, dentre eles Armando de Salles Oliveira, que seria governador de São Paulo, que se casou com Rachel Mesquita, filha de Júlio de Mesquita, proprietário do jornal O Estado de São Paulo. Maria da Lapa era também sobrinha de Leduína Gomes da Conceição Leitão (irmã de sua mãe), tornada baronesa de Castro Lima pelo casamento com Antônio Moreira de Castro Lima, o barão de Castro Lima.

    (CONTINUA)

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  6. (5) João da Costa Gomes Leitão (1805 – 1879), tetravô dos autores deste livro, nasceu em Braga, Portugal. Era filho de Domingos da Costa Gomes e de Josepha Maria Leitão. Aos 17 anos veio para o Brasil. Posteriormente estabeleceu-se em Jacareí, onde formou tropas de burros para o transporte de café. Depois passou também a traficar escravos. Mais tarde tornou-se proprietário de fazendas e um dos maiores produtores de café da região. Foi dono da única casa bancária no Vale do Paraíba. Junto com o conde Moreira Lima, de Lorena, foi um dos acionistas na construção da Estrada de Ferro do Norte, também chamada Estrada de Ferro São Paulo ao Rio de Janeiro, inaugurada em 1876. Um das filhas de Gomes Leitão, Francisca Gomes da Conceição Leitão, casou-se com Francisco de Salles Oliveira, que geraram Maria da Lapa de Salles Oliveira, que se casou com Francisco José Alves Souto (o sexto filho do visconde de Souto). Outra filha de Gomes Leitão, Leduína, casou-se com o barão Antônio Moreira de Castro Lima, filho do conde Moreira Lima. Como testemunho da sua riqueza e poder, o comendador Gomes Leitão construiu uma residência em grande estilo, finalizada em 1857, na qual recebeu o imperador dom Pedro II e várias personagens da corte imperial. O Solar Gomes Leitão, localizado na Rua XV de Novembro, em Jacareí, foi tombado como patrimônio estadual e abriga, desde 1981, o Museu de Antropologia do Vale do Paraíba (Dados fornecidos pelo Museu de Antropologia do Vale do Paraíba, Jacareí).

    (6) Francisco Souto Júnior (1881 – 1948), avô dos autores deste livro, era geólogo e dedicou-se à prospecção de petróleo em São Pedro, SP, ao mesmo tempo em que Monteiro Lobato ali explorava o “ouro negro”, de quem se tornou amigo, discutindo e compartilhando com o conhecido escritor as novas técnicas para localizar e extrair jazidas minerais. Da sua permanência naquela cidade, há uma “Portaria do Juízo de Direito da Comarca de São Pedro”, em que se lê: “Pela presente nomeio o Snr. Francisco Souto Júnior para exercer interinamente o cargo de Promotor Público desta Comarca, durante o impedimento do efetivo que, nesta data, interrompeu o exercício por motivo de gozo de férias regulamentares. O nomeado deverá servir, prestando antes o respectivo compromisso na forma da Lei. O que cumpra-se. São Pedro, 16 de fevereiro de 1923. O Juiz de Direito Alberto Pinto de Moraes”. Seus filhos se fixariam nos Estados de São Paulo e Paraná. Em São Pedro existe a Rua Engenheiro Francisco Souto Júnior, em homenagem à sua memória.

    (7) Annolina (Nina) de Barros Souto (1888-1986), avó dos autores deste livro, era filha do dentista João Cardozo Vianna de Barros e Maria Eulália Vianna de Barros, neta de Saturnino Cardozo Vianna de Barros e Emília Adelaide Vianna de Barros pelo lado paterno, e do general Francisco de Lima e Silva (irmão do duque de Caxias) e Geraldina Roza de Oliveira da Silva, pelo lado materno, e bisneta do homônimo marechal-de-campo e senador Francisco de Lima e Silva (barão de Barra Grande) e Mariana Cândida de Oliveira Belo (baronesa de Barra Grande), pais do duque de Caxias, bisavós de Nina de Barros Souto e tetravós dos autores deste livro.

    (CONTINUA)

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  7. (8) Thereza Christina de Salles Souto era filha de Francisco de Salles Oliveira e Francisca Leitão de Salles Oliveira. Descendia, pela linha materna, do alferes e comendador João da Costa Gomes Leitão e Diná Maria da Conceição (tetravós dos autores deste livro). Era irmã de: Francisco de Salles Oliveira Jr., casado com Adelaide Oliveira; Adelaide Salles Malta, casada com Lúcio Toledo Malta; Joana Rosa Salles Souto, casada com Guilherme José Alves Souto (filho dos viscondes de Souto); Maria da Lapa de Salles Souto, casada com Francisco José Alves Souto (bisavós dos autores deste livro); Alzira Salles Martins Siqueira, casada com Joaquim Miguel Martins Siqueira; Alfredo de Salles Oliveira, casado com Adriana Martins Siqueira de Salles Oliveira; Rinaldo de Salles Oliveira, casado em primeiras núpcias com Ana Soares de Salles Oliveira e em segundas núpcias com Maria Thereza de Salles Oliveira; e Flora Salles Malta, casada com Virgílio Toledo Malta.

    (9) Maria Luíza Souto Cardoso casou-se com Wallace Arinelli Espíndola e tiveram sete filhos: Wallace, William, Wellington, Washington, Maria Cristina, Maria Luíza e Maria Teresa.

    (FIM)

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  8. Olá, minha bisavó se chamava Júlia Souto da Silva. Queria saber o nome do pai ou mãe dela pra ver se me acho na árvore .

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    1. Caro Acácio Souto, obrigado por ter escrito e por seu interesse. Peço que leia as duas respostas que vou dar às suas perguntas abaixo. Obrigado.

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  9. Respostas
    1. Eu e minha coautora concluímos o livro em 2014 e contratamos uma empresa para fazer o enquadramento à Lei Rouanet. No fim daquele mesmo ano o projeto foi aprovado. Mas a empresa teve grandes dificuldades para conseguir patrocínio ao amparo da lei de incentivo à cultura. Chegou a viajar ao Rio, para pedir apoio à Caixa Econômica Federal (pois o Caixa nasceu na residência do Visconde de Souto, que fazia parte da sua primeira diretoria, e como o governo imperial não liberava os recursos, o Visconde resolveu a instalação da Caixa com dinheiro do seu próprio bolso), mas lá informaram que os recursos já estavam todos comprometidos. Assim foi em todas as empresas. Portanto, e infelizmente, o livro ainda não existe. Quero ver se ainda este ano eu e minha coautora resolveremos o problema de alguma maneira. Muito obrigado pelo seu interesse.

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  10. Meu nome é Acácio Souto, sou escritor. O nome de meu pai Edson Souto. Meu avô Belmino Rafael Souto. Minha bisavó Júlia Souto da Silva . Meu trisavô José Souto (supostamente , pois minha avó não se lembra, apenas diz que acha que é esse. Ele era chamado de Zé Souto). Eu sou de Aracaju. Mas minha família precitada é da Paraíba.

    Queria saber da minha ascendência.

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    1. Antes da existência dos cartórios civis, a certidão de batismo era o documento oficial, e nele constavam os nomes dos pais e dos avós do bebê batizado. Seria necessário verificar no registro de nascimento (ou, se for o caso, no registro de batismo) do seu avô Belmiro ou de sua bisavó Júlia, se os nomes dos pais deles, ou dos avós, coincidem com o de algum dos 13 filhos do Visconde de Souto, ou com o nome de algum dos netos ou bisnetos do Visconde. Esses detalhes de nomes estão todos relacionados nas minhas resposta a Tulipa Make Up and Beauty, que foi a segunda pessoa a se comunicar comigo ao pé do artigo acima. No dia 31 de janeiro de 2014 eu dei a ela a resposta (em sete capítulos), a qual peço verificar. Tive que dividir minha resposta em sete vezes, porque este blog limita o número de caracteres por resposta. Pequisas para descobrir a ascendências são difíceis, podem levar anos, mas é preciso sempre seguir o caminho das certidões de nascimento e, se forem pessoas mais antigas, as certidões de batismo. Boa sorte!

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  11. Francisco: Minha família,portuguesa,é de Santa Leocádia, Distrito de Viseu. Meu trisavô chamava-se Joaquim Souto e era casado com Emília de Jesus Souto, teve 18 irmãos. Meu bisavô se chamava Victorino Souto, nasceu em 1877, era casado com Victória Vaz Souto, nascida em 1879. Será que temos parentesco? Meu avô se chamava Joaquim Souto e minha avó, brasileira, Escholástica Maria Souto. Meu pai, Vitorino Souto Neto, sempre me dizia que Eduardo Souto, o compositor, era primo dele e hoje eu ví que faz parte da sua família. Será que também fazemos? Obrigada pela resposta. Mirian Souto

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  12. Cara Mírian, peço que me perdoe pela demora em responder-lhe. É que somente hoje, neste instante, tomei conhecimento da sua mensagem acima. Os nomes dos seus parentes que você menciona, me são desconhecidos.Para saber se temos algum parentesco, sugiro que você se reporte a uma resposta que dei a Cristina em 31.1.2014, acima. Estão ali todos os filhos do Visconde de Souto. Se seu trisavô Joaquim, ou seu bisavô Victorino, ou ainda se seu avô Joaquim tiverem nas suas ancestralidades algum vínculo com os filhos do Visconde, poderemos fazer parte de uma mesma família. Eu desejo muito que isto aconteça. Muito obrigado por ter escrito. Um abraço.

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  13. Caro Acácio Auz, fechei contrato com a Editora Prismas, aqui de Curitiba, para editar o livro. Isto ocorrerá dentro de uns dois ou três meses. Eu e minha coautora não poderemos comercializá-lo, mas a Prismas o venderá diretamente ou através de vários outros meios, como por exemplo através da Amazon.com Tudo isto será divulgado oportunamente. Estarei também comentando através do meu blog. Não sei se posso divulgá-lo aqui, mas vou tentar. Ei-lo: http://fsoutone.blogspot.com.br/2017/05/reuniao-da-academia-de-letras-jose-de.html

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